“Minha saúde está ótima, só fiquei assustado com toda a repercussão do acidente.” A declaração é do peão João Pedro Alves, de 25 anos, que ficou ferido durante uma montaria em touros na 13ª edição do Ribeirão Rodeo Music, em Ribeirão Preto (SP).

Após uma manobra brusca do animal, na noite do último sábado (22), Alves bateu o rosto no cupim do touro e perdeu a consciência. Em seguida, caiu desacordado e chegou a torcer o pescoço ao bater contra o chão da arena.

Após ser socorrido e submetido a exames na Santa Casa da cidade, o peão foi liberado do hospital e passa bem. Em entrevista ao G1 nesta segunda-feira (24), Alves afirmou que, apesar do susto, não sofreu nenhuma fratura e já se prepara para voltar às arenas.

“Eu já caí outras vezes e com peão isso acontece direto. É como tomar um nocaute em uma luta, você cai mesmo. Fiquei em observação, fiz tomografia, radiografia, fui liberado e está tudo bem. Eu saí do hospital e fui direto para uma lanchonete tomar café”, brincou.

Alves se acidentou durante uma disputa na etapa semifinal da Liga Nacional de Rodeio (LNR). O peão contou que essa foi a primeira vez que chegou tão longe em um torneio profissional, após um período de dois anos afastados das arenas devido a outro acidente.

“Eu rompi ligamento, deu fratura, meu ombro começou a sair do lugar. Muita gente tem esse tipo de problema, mas, como eu montava sempre, meu ombro não parava de sair fora. Então, o médico orientou parar o rodeio por dois anos e operar. Foi o que eu fiz”, disse.

Recuperado da lesão no ombro e sem sequelas do tombo no último sábado, Alves afirmou que só pensa nas próximas competições de rodeio, na região de Ribeirão Preto, e quer voltar aos treinos já no próximo sábado (29).

“Não penso em parar, é uma coisa normal que acontece. Não foi nada grave, é uma coisa comum de acontecer. Em todo rodeio a gente vê um peão sair desacordado por causa de pancada”, disse João Pedro Alves.

O peão de Sertãozinho (SP) contou que já foi lutador e jogador de futebol profissional, e também participou de campeonatos de skate e capoeira. Mas, para ele, nenhuma modalidade esportiva se comparava ao rodeio.

“A sensação de estar em cima de um touro é única, você se sente imortal. Mesmo que você caia, é uma sensação de ser indestrutível. É uma coisa que acaba viciando a gente, de querer fazer cada vez mais”, afirmou.