CGN/PCS
ImprimirJovem de 19 anos identificado apenas como Kenedy desapareceu, nessa quinta-feira (5), em Terenos, distante 286 quilômetros de Coxim, após se afogar no Rio Aquidauana. O caso aconteceu na região da Ponte do Grego.
Conforme boletim de ocorrência, a vítima estava acompanhada de mais dois amigos. O trio avistou uma cachoeira mais à frente, e decidiu ir até ela a nado. Durante a travessia, o rapaz começou a ter dificuldades para continuar o percurso e resolveu voltar.
Entretanto, acabou se afogando, afundou na água e desapareceu. O responsável pelo pesqueiro onde os jovens estavam foi avisado, que acionou o Corpo de Bombeiros.
Quando os militares chegaram ao local, não conseguiram seguir nos trabalhos de busca devido à escuridão da noite e a forte correnteza. Os brigadistas permaneceram no local para tentar localizar o corpo na manhã desta sexta-feira (6). O caso foi registrado na delegacia de Polícia Civil da cidade como morte a esclarecer.
Mais mortes
Nos últimos 10 dias, essa é a 3ª morte por afogamento ocorrida no Rio Aquidauana, porém em cidades diferentes. A primeira ocorrência aconteceu no dia 25 de novembro, quando o jovem Maikon Felipe Torqueti Lopes, de 24 anos, morreu em um trecho conhecido como "cachoeirinha", em Rochedo. O corpo dele foi encontrado horas depois a um quilômetro de distância de onde sumiu.
Seis dias depois, outro caso foi registrado no mesmo local onde Maikon sumiu. Desta vez, Maikon Felipe Torqueti Lopes, de 24 anos, também se afogou quando estava no rio junto de amigos.
Como ajudar
O tenente Paulo explica que tanto quem presencia uma pessoa se afogando, quanto a vítima de afogamento, precisam manter a calma. Apesar da principal orientação dada pelo agente de salvamento ser acionar o Corpo de Bombeiros de imediato, pelo 193, o militar diz que há formas de ajudar até a chegada do socorro.
“Pode-se tentar retirar aquela pessoa que está se afogando, sem a necessidade de entrar na água. Tentar lançar uma boia, uma prancha, algum objeto que venha permitir que aquela vítima venha a flutuar e manter ele na superfície da água até que seja feita a devida retirada”, orienta.
Entrar na água para socorrer a vítima deve ser realizado apenas em último caso, se no local não há salva-vidas ou equipamentos necessários para que a pessoa consiga boiar. Nesse caso o tenente explica que o contato direto deve ser evitado.
"É preciso evitar o contato direto, de frente com a vítima quando for fazer a retirada da água. A abordagem deve ser sempre feita por trás, pelas costas, para evitar que aquele afogado venha afogar também que está fazendo o socorro. Mas lembrando sempre, se não tiver condições e não souber nadar, não se deve entrar na água para não se tornar outra vítima”.
Paulo ainda explica que no caso do afogamento ocorrer em rios, as orientações são as mesmas. Porém, o tenente explica que até garrafas e placas de isopores podem ser usadas para auxiliar no salvamento, quando não há boias e pranchas flutuadoras.
“Se juntar várias garrafas pets vazias, elas serviriam como um meio de flutuação. Você deve amarrar cordas para que você consiga lançar esse objeto flutuador para a vítima e conseguir puxar essa pessoa para fora”, explica.