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Acidentes
23/05/2019 16:30:00
Polícia chilena investiga vazamento de monóxido de carbono que matou seis brasileiros em Santiago

Metro/PCS

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Continuam as investigações sobre o vazamento de gás em um apartamento no centro de Santiago, no Chile, que deixou seis brasileiros mortos. São quatro adultos e dois menores de 13 e 14 anos que estavam no local há uma semana – todos da mesma família.

Segundo o comandante da polícia chilena Rodrigo Soto, o Cônsul do Brasil na cidade recebeu ligações das vítimas dizendo que estavam com problemas de saúde. O diplomata foi ao prédio e, quando chegou, os turistas já estavam mortos.

Os nomes das vítimas foram confirmados. São eles: o casal Fabiano de Souza, 41 anos, e Débora Muniz Nascimento de Souza, 38 anos, seus filhos Caroline Nascimento de Souza, 15 anos, e Felipe Nascimento de Souza, 13 anos, além do irmão de Débora, Jonathas Nascimento Kruger, 30 anos, e sua esposa Adriane Krueger.

Soto disse que, provavelmente, o vazamento de monóxido de carbono aconteceu dentro do apartamento. Outras possibilidades também estão sendo analisadas, já que um duto da distribuidora de gás de Santiago passa pela região.

De acordo com o engenheiro especialista em riscos Gerardo Portella, é possível que os turistas não tenham manuseado da forma correta algum sistema de aquecimento. Em entrevista à BandNews FM, ele ressaltou, no entanto, que esse tipo de acidente é mais comum quando há falhas na instalação e no sistema de ventilação.

Portella argumentou que, em qualquer viagem, o ideal é pedir orientações ao hotel ou ao responsável pelo imóvel antes de colocar qualquer aparelho de aquecimento para funcionar. O também especialista em gerenciamento de riscos Gustavo Cunha de Mello explicou que, no Brasil, um dos maiores perigos está nos aquecedores de chuveiro a gás.

A regulagem é fundamental para que não aconteçam acidentes. O monóxido de carbono se torna ainda mais perigoso por não ter nenhum cheiro ou cor – além disso, a intoxicação pelo gás gera sonolência e relaxamento.

O Itamaraty informou que os familiares das vítimas no Brasil foram avisados pelo Ministério das Relações Exteriores sobre o caso.

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