Quinta-Feira, 25 de Abril de 2024
Meio Ambiente
10/03/2014 09:00:00
Artigo: Internet deve influenciar campanhas políticas
(*) Estevão Rizzo é biólogo e especialista em marketing digital.

(*) Estevão Rizzo

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Conforme dados do Nielsen Ibope de dezembro\n de 2013, cerca de 108 milhões de pessoas acessam a internet no Brasil, por\n diferentes meios. Deste total, 58,2 milhões acessam em casa ou no trabalho; e\n deste número, 45 milhões estão nas redes sociais.\n \n É fato, a população tem buscado cada vez mais informações pela internet,\n compartilhado ideias e debatido questões importantes para os rumos do país,\n haja vista as manifestações populares que sacudiram o Brasil em 2013,\n articuladas pelas redes sociais. Diante dos dados e do comportamento da\n população, o marketing digital, sem dúvida, deve ser destaque no planejamento\n de campanha dos candidatos a eleição em 2014. O desafio está em saber\n aproveitar as oportunidades que as novas mídias oferecem.\n \n Para o estrategista de comunicação digital, referência em projetos digitais\n no país, Marcelo Vitorino, a internet pode ser um elemento chave na mobilização\n de uma campanha política, levando os militantes a completarem tarefas com mais\n qualidade e eficácia. “Também pode levar ao eleitor informações que a televisão\n não mostra por ter o tempo de exibição restrito. Candidaturas legislativas são\n as que mais têm a ganhar nesse caso (...). O problema é que há pouca gente\n qualificada tecnicamente para utilizar ferramentas da forma mais produtiva e\n poucos candidatos tem visão para investir no online (...). Com uma boa equipe,\n boas plataformas e uma estratégia bem feita, a internet pode influenciar uma\n eleição”, completa.\n \n Um estudo realizado pelo IBGE em 2011 e divulgado em 2013, mostra que Mato\n Grosso do Sul é um dos estados que mais possui telefone móvel celular no\n Brasil. Em relação ao número de acessos a internet, o estado segue como a\n segunda região do país. Uma parcela considerável da população\n sul-mato-grossense está conectada na internet, tanto pelo computador quanto\n pelos smartphones.\n \n “A parcela de pessoas que tem a internet como uma das principais fontes de\n informação do seu dia a dia já passou da metade da população. Em Mato Grosso do Sul a\n tendência não é diferente”, diz Estevão Rizzo, especialista em marketing\n digital da 80 20 Marketeria Digital.\n \n De acordo com Estevão, para o candidato se inserir nas ferramentas onlines,\n o primeiro passo é definir de forma clara sua marca pessoal e as bandeiras que\n ele irá levantar durante a campanha. Com estas definições, o segundo passo é\n identificar em que local do ambiente digital está o público que compartilha dos\n mesmos ideais do candidato. Depois, é o momento de estudar a melhor forma de\n transmitir a mensagem para essas pessoas. Cumpridas essas missões começa-se o\n trabalho de posicionamento online.\n \n Diferente das mídias tradicionais, a internet é uma forma de comunicação de\n duas vias, na qual os internautas têm a oportunidade de se pronunciar em tempo real.\n Por isso, segundo Estevão, o candidato tem que produzir conteúdo constantemente,\n com velocidade e, estar pronto para interagir diariamente com seus eleitores.\n \n “É preciso criar conteúdo específico para a internet e não apenas “adequar”\n o conteúdo de outras mídias. Outra dica é preparar-se para lidar com\n comentários, tanto de eleitores quanto de detratores; apagar ou inibir este\n tipo de ação faz ressoar a imagem de um candidato que não está interessado no\n que seu eleitorado tem a dizer e, que está despreparado (ou tem medo) de\n responder às indagações feitas”, orienta Estevão.\n \n O estudante de Direito, Douglas Queiroz, de 24 anos, é um dos internautas\n que utilizará as ferramentas onlines, principalmente as redes sociais, para\n buscar informações sobre os candidatos e definir seu voto. “Acompanho\n principalmente os candidatos com os quais mais simpatizo, porque quero ter mais\n informações sobre eles; quem são, que ações já fizeram e quais são os projetos\n que irão desenvolver caso sejam eleitos”.\n \n Para o jovem, que costuma ficar de 6h a 10 horas por dia conectado tanto\n pelo computador quanto pelo celular, é muito mais fácil acompanhar os\n candidatos pela internet do que por outros meios. Além disso, pelas redes\n sociais ele acredita que consegue ficar mais próximo do candidato, acompanhando\n o seu dia a dia.\n \n “O foco do uso na web deve ser a produção e disseminação do conteúdo, com a\n finalidade de mobilizar pessoas para o dia da votação”, finaliza o estrategista\n Marcelo.\n \n (*) Estevão Rizzo é biólogo e especialista em marketing digital.nbsp;
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