Depois de \n falarmos sobre “Os cuecas” no artigo anterior vamos dar continuidade à \n série na qual veremos alguns dos erros financeiros cometidos pelas \n mulheres. É importante destacar que homens e mulheres possuem diferentes\n formas de pensamento, sistemas de percepção, e comportamentos, que \n justificam diferenciar esta série de artigos pelo sexo. Podemos citar \n como exemplo os padrões de consumo, que no caso das mulheres são muito \n mais recorrentes que dos homens. Mulheres possuem toda uma gama de \n necessidades que são quase inexistentes aos homens, seja por fatores \n biológicos ou culturais. Também como exemplo, do ponto de vista \n financeiro, já é um consenso observável de que as mulheres são melhores \n investidoras que os homens, pois possuem uma maior aversão ao risco, o \n que as livra de “furadas”, além de melhor capacidade em manter \n estratégias de longo prazo, diferente dos homens que são mais tendentes \n ao imediatismo. Depois de “encher a bola” chegou a hora de “revelar os \n seus podres” (brincadeira). Vamos observar alguns dos erros mais comuns e\n como se precaver, ou combatê-los.1-\n Finanças não é assunto só de homem: Algumas mulheres entregam a sua \n vida financeira “de bandeja” para outra pessoa, normalmente o marido \n (quando são casadas). Enfiam na cabeça que “finanças é assunto de homem”\n e não querem nem saber. Até a hora em que algo dá errado e \n ai......Surpresa! Por isso se envolva, mesmo que você não trabalhe, ou \n não tenha á maior % do orçamento de sua casa, você pode (e deve) \n contribuir com a perspicácia, temperança, e organização que lhes são \n inerentes. Um bom marido ficara muito feliz com isso.2-\n “Comproterapia”: Este é o mais clássico dos erros financeiros \n atribuídos majoritariamente às mulheres. Primeiramente já vou \n ressaltando que a “comproterapia” não é uma exclusividade feminina, mas \n as mulheres acabam sofrendo mais as consequências, por causa das \n diferenças no padrão de compras como já vimos anteriormente. Precisamos \n ser extremamente cuidadosos quando as compras viram uma forma de \n dependência, ou seja, uma ferramenta para tentar aliviar tensões, \n angústias, e outras dores emocionais. Comprar não é terapia. Quando \n compramos desenfreadamente para tentar aplacar nossas dores \n psicológicas, isso caracteriza um vício, e não uma coisa terapêutica.Comprar\n simplesmente por comprar, sem ter um motivo, ou então, abusar da \n racionalização e das justificativas para distorcer a realidade e se \n convencer de que aquela compra era “necessária”, é uma coisa negativa e \n que pode causar problemas não só na esfera financeira, mas também na \n familiar, e na profissional. Em situações extremas, esse tipo de \n comportamento é uma patologia, que exige uma intervenção profissional. \n Aqui vale aquela velha máxima, que também é unissex: Você não é o que \n você tem!3 - Não conseguir dizer \n “não”: Mulheres são geralmente mais propensas a “tomar conta” das \n pessoas (talvez seja aquele instinto maternal que tanto ouvimos) e, por \n conta disso, muitas acabam colocando as necessidades alheias à frente de\n suas próprias necessidades. Esse tipo de comportamento, por si só, já é\n o suficiente para causar grandes estragos financeiros. Mas o estrago \n pode ser muito maior quando a mulher acaba se relacionando com pessoas \n dependentes, abusivas, ou mesmo as que agem de má fé, e o pior é que \n muitas vezes essas pessoas fazem parte de sua própria família. Para isso\n não existe outra solução, valorize-se, valorize seu trabalho e aprenda a\n dizer não.Para você que se \n identifica com este tópico e sente dificuldades em dizer esta \n “palavrinha mágica”, vale tirar um tempo para meditar nestes “porquês de\n dizer não”, de Marcos Sales: “Porque a bondade que nunca repreende não é\n bondade: é passividade”; “Porque a paciência que nunca se esgota não é \n paciência: é subserviência”; “Porque a serenidade que nunca se desmancha\n não é serenidade: é indiferença”; “Porque a tolerância que nunca \n replica não é tolerância: é imbecilidade”.4\n - Esquecer que pode viver mais, ou menos do que o esperado: \n Estatisticamente, em praticamente todos os lugares do mundo, as mulheres\n têm uma expectativa de vida maior que os homens. No Brasil essa \n diferença é de sete anos em média. Este item é importante, pois a morte \n inesperada de um dos cônjuges causam impactos significativos na vida \n financeira de uma família. Despesas antes compartilhadas, ou poupanças \n conjuntas para objetivos específicos, podem comprometer todo um \n planejamento de vida de longo prazo, por isso é importante estar sempre \n preparado. Se pensarmos que a participação da mulher no orçamento \n familiar vem crescendo nos últimos anos, ou ainda, que em muitas \n famílias as mulheres são á única fonte de renda, fica fácil imaginar a \n importância deste tópico. Estar prevenido com aquela reserva financeira \n de emergência, que sempre mencionamos aqui na coluna, ou mesmo um seguro\n de vida específico, pode ajudar (e muito). O ideal é que o casal esteja\n aberto a conversar sobre esta possibilidade, e tome algumas atitudes \n concretas á respeito, ainda em vida.Converse\n com um consultor financeiro e jurídico e deixe definidas questões como \n herança, partilha de bens, seguros, e sucessões. Com certeza você \n mulher, ficara mais tranquila sabendo que se algo de ruim acontecer \n todos aqueles que você ama estarão de certa maneira protegidos, evitando\n disputas familiares, escassez, ou outras situações desagraveis “para \n quem fica”.E então o que achou? \n Poderíamos acrescentar mais itens? Se você tem algum outro exemplo de \n erros financeiros que mereçam ser mencionados aqui, ou ainda, outras \n sugestões para continuarmos esta série sobre os erros mais comuns fiquem\n à vontade para usar a área de comentários aqui embaixo. Até a próxima!Disclaimer\n – A informação contida nestes artigos, ou em qualquer outra publicação \n relacionada com o nome do autor, não constitui orientação direta ou \n indicação de produtos de investimentos. Antes de começar a operar no SFN\n - Sistema Financeiro Nacional o leitor deverá aprofundar seus \n conhecimentos, buscando auxílio de profissionais habilitados para \n análise de seu perfil específico. Portanto, fica o autor isento de \n qualquer responsabilidade pelos atos cometidos de terceiros e suas \n consequências.(*) Emanuel Gutierrez Steffen – Criador do portal www.manualinvest.com