Sábado, 20 de Abril de 2024
Brasil
26/07/2019 10:45:00
Deputados federais de MS custaram quase R$ 7 milhões no 1º semestre
Dinheiro pagou salários, refeições, viagens, telefone, combustível, aluguel e assessores dos parlamentares

TopMídia/PCS

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R$ 6.930.421,40, ou perto de sete mil salários mínimos foi o dinheiro gasto com os oito deputados federais de Mato Grosso do Sul no primeiro semestre, segundo dados da Câmara dos Deputados acerca das atividades dos parlamentares.

O dinheiro, que sai dos cofres federais, enchidos com recursos tirados do bolso dos contribuintes, pagou os salários dos deputados, R$ 33,7 mil mensais (bruto), os assessores deles, almoços e jantares, gasolina, viagens e os escritórios políticos. Do ponto de visto legal, nada de ilegítimo há no rateamento da verba. É tudo permitido por regra do parlamento federal.

Os números que indicam quanto os deputados gastaram com as chamadas cota parlamentar, verba de gabinete e auxílios-moradias ainda não foram cem por cento fechados, contudo, os dados exibidos denotam que há parlamentares que vão ao limite, ou seja, gastam tudo a quem tem direito; já outros, não esbanjam todos os benefícios.

O deputado federal Dr. Luiz Ovando, do PSL, estreante na política, por exemplo, foi o parlamentar sul-mato-grossense (ele é corumbaense, médico) que menos consumiu as vantagens de ser dono de mandato. Pelas contas divulgadas pela Câmara, ele consumiu R$ 695.185,75.

Daqui em diante, você vai notar o quanto o deputado federal de MS desembolsou (dinheiro público) no período de fevereiro a junho.

A bancada tem dinheiro que sai da chamada Cota para o Exércício da Atividade Parlamentar, antigamente conhecida como verba indenizatória. Por essa rubrica, cada deputados tem direito, todo o mês, a R$ 40.542,84.

O recurso pode ser usado para indenizar despesas com passagens aéreas, telefonia, serviços postais, manutenção de escritórios de apoio à atividade parlamentar, fornecimento de alimentação ao parlamentar, hospedagem e outras gastos com locomoção, contemplando locação ou fretamento de aeronaves, veículos automotores e embarcações, serviços de táxi, pedágio e estacionamento e passagens terrestres, combustíveis e lubrificantes, serviços de segurança, consultorias e trabalhos técnicos e também divulgação da atividade parlamentar. É só mostrar as notas fiscais que a Câmara dos Deputado libera a importância.

Aos parlamentares, são garantido, também, por mês, R$ 111.675,59, quantia que podem ser aplicadas no pagamento de salários dos secretários parlamentares, funcionários que não precisam ser servidores público e são nomeados diretamente pelo deputado.

O parlamentar que não mora em apartamentos funcionais, os quais não paga nada para morar, recebe uma mensalidade de até R$ 4.253,00 para quitar alguém de imóvel que escolher. O auxílio-moradia, segundo as regras da Câmara, pode ser pago nas modalidades, “reembolso” ou, então, “em espécie”. É só exibir a nota indicando que pagou aquela quantia à imobiliária.

O parlamentar que for morar no apartamento funcional pode, ainda, receber R$ 33,7 mil caso queira levar a mudança para Brasília.

O QUE OS DEPUTADOS DE MS GASTARAM

O deputado federal Luiz Ovando, do PSL, que gastou no primeiro semestre R$ 695.185,75, recebeu no período R$ 21.045,20 para pagar aluguel ou hospedagem em Brasília. Da cota parlamentar foram consumidos R$ 47.459,34 e, da verba de gabinete, que quita os salários dos assessores do deputado, R$ 457.866,11. Já de salário, o Dr. Luiz Ovando, recebeu (bruto) R$ 168.815,00.

Bia Cavassa, deputada federal do PSB, também corumbaense, que assumiu o mandato como suplente, já com o ano legislativa em curso, gastou R$ 731.427,17, dos quais R$ 98.772,94, totalidade da conhecida cota parlamentar, R$ 451.146,10, soma da verba de gabinete e R$ 20.574,16 do auxílio-moradia. De salário, Bia recebeu R$ 160.933,97.

O mandato de Rose Modesto, também parlamentar do PSDB, nascida em Fátima do Sul, custou R$ 739.059,04. Ela captou R$ 5.103,60 pelo auxílio-moradia (ela mora agora em apartamento funcional, aquele que não paga aluguel); R$ 120.966,88 da cota parlamentar, R$ 444.173,56 referentes a verba de gabinete e ainda os brutos R$ 168.815,00 de salários.

Loester Trutis, o deputado Tio Trutis, do PSL, o mais jovem da bancada sul-mato-grossense, que completará 37 anos em setembro, gastou R$ 740.615,43. Ele, campo-grandense, que já mora num apartamento funcional, recebeu de auxílio-moradia neste primeiro semestre, R$ 3.402,41, consumiu R$ 463.168,18, relativos à verba de gabinete, R$ 105.229,84, referentes a cota das atividades parlamentares, fora os R$ 168,8 mil de salários.

O deputado federal Fábio Trad, do PSD, segundo dados da Câmara dos Deputados, consumiu R$ 991.175,86, contando com R$ 168,8 mil de salários. Fabio gastou R$ 660.324,62 da verba de gabinete, R$ 106.807,61, referentes à cota parlamentar e ainda R$ 25.228,63, dinheiro do auxílio-moradia.

O custo do mandato de Beto Pereira, ex-prefeito de Terenos, deputado federal pelo PSDB, alcançou a cifra de R$ 951.620,74, dos quais R$ 25.518,00, soma arrecadada com o auxílio-moradia, R$ 206.084,56, quantia da cota parlamentar, R$ 168,8 mil da remuneração mensal e ainda R$ 551.203,18, importância tirada da verba de gabinete.

O deputado federal pelo PDT, único da bancada nascido foram de MS, em São Jose do Rio Preto, interior de São Paulo, consumiu no primeiro semestre R$ 1.025.489,39. Dessa soma, R$ 644.336,38, referentes à verba de gabinete, R$ 212. 338,01, da cota parlamentar e os R$ 168,8 mil de salários. Ele não recebe auxílio-moradia por já residir desde 2015 em apartamento funcional.

Vander Loubet, o parlamentar com mais mandatos da bancada de MS, cinco ao todo, gastou no primeiro semestre R$ 1.085.838,02, R$ 666.563,05, soma da verba de gabinete, R$ 250.459,97, importância da cota da atividade parlamentar e os R$ 168,8 mil referentes aos salários pagos a ele. Vander mora em apartamento funcional desde 2011.

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