Quinta-Feira, 28 de Março de 2024
Brasil
06/08/2018 17:49:00
Eleição presidencial terá maior número de candidatos desde 1989
Após o período de convenções, treze partidos indicaram postulantes à Presidência da República

Veja/PCS

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Com o fim do prazo das convenções partidárias no domingo, 5, treze partidos decidiram lançar candidatos à Presidência da República nas eleições de 2018. É o maior número de postulantes à chefia do Executivo do Brasil desde 1989, quando 23 nomes foram submetidos ao registro do Tribunal Superior Eleitoral no primeiro pleito nacional após o fim da ditadura militar.

As legendas têm até o dia 15 de agosto para solicitarem o registro no TSE. Até a votação, dia 7 de outubro, o total de postulantes que estará nas urnas poderá ser diferente, já que a corte eleitoral pode negar o pedido. É o caso, por exemplo, do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, indicado pelo PT, mas que, enquadrado pela Lei da Ficha Limpa, poderá ter o registro negado.

Apesar disso, o PT trabalha com a hipótese de que Lula poderá fazer campanha mesmo que seu pedido esteja em análise judicial. A legenda conta com a aplicação de um dispositivo da Lei Eleitoral, que autoriza, inclusive, a presença de seu nome na urna eletrônica enquanto não houver decisão definitiva.

O partido também indicou o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad como vice. A ideia é que ele represente Lula nos atos de campanha e nos debates, já que o ex-presidente está preso em Curitiba, cumprindo pena de 12 anos e um mês de prisão pela sua condenação no caso do tríplex do Guarujá na Operação Lava Jato. Porém, a vice “de fato” do PT será Manuela D’Ávila, que desistiu de sua candidatura à Presidência pelo PCdoB.

Na prática, a escolha de “dois vices” é a preparação para um anúncio que deve vir no próximo mês, quando a candidatura de Lula provavelmente será barrada na Justiça Eleitoral. Nesse momento, o PT deve promover Haddad como o candidato principal e incluir Manuela como sua candidata a vice-presidente.

Além do PT, também indicaram representantes para a disputa presidencial outros quatro dos cinco maiores partidos do país em número de filiados. O PSDB lançou o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, o PDT oficializou o ex-governador do Ceará Ciro Gomes e o MDB, maior de todas as legendas, vai concorrer com o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles — a última vez que a sigla lançou um candidato foi em 1994, com Orestes Quércia.

Alckmin é o candidato que conseguiu construir a maior aliança em torno de si (nove partidos) O deputado federal e capitão do Exército Jair Bolsonaro (PSL), líder das pesquisas nos cenários sem Lula, teve dificuldade para conseguir um vice e vai para a disputa com um candidato militar igual a ele, o general da reserva Hamilton Mourão (PRTB).

Veja quem são os candidatos após as convenções:

Alvaro Dias (Podemos) Vice: Paulo Rabello de Castro (PSC) Coligação: Podemos, PSC, PRP e PTC

Cabo Daciolo (Patriota) Vice: Suelene Nascimento (Patriota) Sem coligação

Ciro Gomes (PDT) Vice: Kátia Abreu (PDT) Coligação: PDT e Avante

Geraldo Alckmin (PSDB) Vice: Ana Amélia (PP) Coligação: PSDB, PP, PTB, PSD, SD, PRB, DEM, PPS e PR

Guilherme Boulos (Psol) Vice: Sônia Guajajara (Psol) Coligação: Psol e PCB

Henrique Meirelles (MDB) Vice: Germano Rigotto (MDB) Coligação: MDB e PHS

Jair Bolsonaro (PSL) Vice: Hamilton Mourão (PRTB) Coligação: PSL e PRTB

João Amoêdo (Novo) Vice: Christian Lohbauer Sem coligação

João Goulart Filho (PPL) Vice: Léo Alves (PPL) Sem coligação

José Maria Eymael (DC) Vice: Helvio Costa (DC)

Sem coligação

Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ou Fernando Haddad (PT) Vice: Fernando Haddad (PT) ou Manuela D’Ávila (PCdoB) Coligação: PT, PCdoB, Pros e PCB

Marina Silva (Rede) Vice: Eduardo Jorge (PV) Coligação: Rede e PV

Vera Lúcia (PSTU) Vice: Hertz Dias (PSTU) Sem coligação

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