Segunda-Feira, 20 de Maio de 2024
Cidades
05/04/2022 14:04:00
Camila aprova moção de protesto contra Eduardo Bolsonaro e Vargas é vaiado
Proposta foi aprovada na Câmara de Campo Grande após o deputado Eduardo Bolsonaro debochar da tortura sofrida pela jornalista Miriam Leitão durante a ditadura militar; Tiago Vargas foi vaiado ao dar justificativas

TMN/PCS

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Camila Jara recebeu apoio da maioria da Casa de Leis (Foto: Reprodução/Facebook)

Após o filho do presidente Jair Bolsonaro, deputado Eduardo Bolsonaro debochar da tortura sofrida pela jornalista Miriam Leitão durante a ditadura militar, a vereadora de Campo Grande, Camila Jara (PT) aprovou com 18 votos uma moção de protesto na Câmara.

Durante a discussão desta terça-feira (5), Jara mostrou indignação com a fala de Eduardo. O assunto de cunho nacional foi trazido para a Casa de Leis da Capital, e chegou a desagradar alguns vereadores, que afirmam quererem pautar apenas assuntos locais.

"Como mulher e defensora da democracia, não poderia deixar de mostrar a minha indignação. Passou da hora de dizer um basta a quem faz apologia a violência contra a mulher. Quero deixar registrado a minha moção de repúdio ao Eduardo Bolsonaro."

O bolsonarista defendeu o filho do presidente, em ato de puxa-saquismo foi vaiado pela maioria dos pares (Foto: Reprodução/Facebook)

O bolsonarista Tiago vargas (PSD), se revoltou com o pedido de moção contra o filho do presidente e deu suas justificativas sendo vaiado pela plateia de servidores.

"Interessante é que eles podem tudo, podem chamar o presidente Jair Bolsonaro de genocida, podem chamar a família dele de traficante. Eles podem tudo, e quero pedir para que não fosse aprovada essa moção."

"Quero parabenizar a vereadora Camila Jara, que sempre quando alguém toca numa mulher ela faz a defesa", disse o vereador Marcos Tabosa (PDT).

Para João Rocha (PSDB), uma melhor sugestão seria encaminhar um expediente ao deputado Eduardo Bolsonaro tirando a palavra repúdio. No final, Camila mudou para moção de protesto e ele votou a favor.

No final, apenas alguns dos vereadores conservadores votaram contra: Tiago Vargas (PSD), Sandro Benites (Patriota), Loester (MDB), Clodoílson Pires (Podemos), Alírio Villasanti (União), Willian Maksoud (PTB) e Papy 9SD). O caso

Miriam Leitão divulgou há alguns com detalhes, o sofrimento vivido nas dependências do quartel do Exército em Vila Velha durante a ditadura militar. Grávida, a jornalista foi agredida, assediada moral e sexualmente, e até colocada nua dentro de uma sala escura com uma jiboia, onde foi mantida por horas.

No domingo (3), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) usou suas redes sociais para debochar da tortura vivida por Miriam Leitão.

“Ainda com pena da cobra”, escreveu.

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