Sexta-Feira, 29 de Março de 2024
Cidades
21/07/2017 11:33:00
Guardas-civis tentam barrar distribuição de sopa na Cracolândia
Após denúncia feita por padre, a situação foi regularizada e a entrega foi liberada pelo Secretário de Segurança municipal, José Roberto Rodrigues

Veja/PCS

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Voluntários entregam sopas para moradores de rua. Sensação térmica chegou a 4ºC na capital paulista (Foto: Ricardo Matsukawa)

Guarda-Civis Metropolitanos (GCM) foram acusados de tentar impedir, na noite desta quinta-feira, a distribuição de sopa quente para moradores de rua e dependentes químicos da Cracolândia, na região central da cidade de São Paulo. A denúncia foi feita pelo padre da Pastoral Povo de Rua, Júlio Lancelotti.

No Facebook, o padre se manifestou dizendo que “o grupo Mensagem de Paz está oferecendo sopa quente, água e acolhida na Cracolândia e estão sendo pressionados e impedidos pela GCM”. Lancelotti entrou em contato com o Secretário de Segurança Urbana da Prefeitura, coronel José Roberto Rodrigues, para resolver a situação.

O incidente ocorreu por volta das 22h. O secretário confirmou ter recebido o telefonema do padre e afirmou ter telefonado para o inspetor responsável pelo trabalho da Guarda Civil na região para liberar a entrega das refeições.

“Falei com o inspetor que estava lá para deixar distribuir. O padre me ligou dizendo que o pessoal estava lá. Existe decreto de que o alimento manipulado não poderia ser (entregue), mas como é uma igreja e o pessoal está empenhado em relação ao frio, eu falei para o inspetor: ‘Libera aí a sopa”.

Segundo Rodrigues, tudo foi resolvido, e as ações da GCM foram intensificadas para diminuir “o sofrimento das pessoas em situação de vulnerabilidade” e viaturas estão fazendo rondas para auxiliar essas pessoas. O coronel completa dizendo que a Defesa Civil da área está orientada a entregar cobertores e a convencer as pessoas a irem para albergues.

O caso ocorreu um dia depois de relatos de moradores de rua terem sido acordados com jatos d’ água na Praça da Sé. Nessa quinta, o prefeito João Doria (PSDB) voltou a negar a situação, dizendo que “não houve jato d’ água em ninguém”.

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