Quinta-Feira, 25 de Abril de 2024
Cidades
05/04/2019 13:21:00
Três anos depois, TRE julga cassação de prefeita de Miranda
Filho foi preso vendendo voto nas eleições de 2016

CE/PCS

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Ivan e Marlene tiveram mandatos cassados pela Justiça Eleitoral por compra de votos (Foto: Reprodução/Facebook)

O Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul marcou para a próxima segunda-feira (8) o julgamento da cassação do mandato da prefeita de Miranda, Marlene Bossay (MDB), e seu vice, Adailton Rojo Alves (PTB), sob a acusação de compra de votos. O filho da mandatária municipal, o vereador Ivan Bossay (MDB), também é investigado no caso.

Marlene teve seu mandato cassado logo após as eleições de 2016 e, desde então, vem recorrendo da sentença. A conclusão do julgamento já fora adiada por seis vezes, sendo que por duas delas foi após pedidos de vista dos desembargadores.

Essa demora no julgamento da cassação tem causado estranheza em algumas lideranças políticas da região, especialmente pelas conversas que circulam na cidade. Os três acusados afirmam que mesmo se condenados não deixarão seus cargos.

O caso veio à tona ainda nas eleições, quando outro filho da prefeita, então candidata, Alexandre Bossay, foi flagrado e preso em flagrante quando entregava cestas básicas em aldeia indígena.

Na ocasião, a polícia interceptou vários tickets em postos de combustíveis que eram repassados a eleitores.

O filho da prefeita também é acusado de comprar votos de jovens por meio de depósito bancario.

Essa compra foi comprovada por meio de conversas em aplicativo de mensagens no celular entre o filho da prefeita e o jovem que recebeu o dinheiro. Bossay inclusive enviou foto do comprovante do depósito feito ao rapaz e frisou o nome da mãe e do irmão para serem votados.

Marlene foi condenada em dois processos distintos. Um proposto pelo Ministério Público e outro pela Coligação Unidos por Miranda, envolvendo os partidos PSL, PR, DEM, PRP, PSDB e PV.

No caso da coligação, o advogado Ary Raghiant destacou que a cassação é consequência da captação ilícita de sufrágio, ou seja, a popular compra de votos. “São dois processos sobre o caso do filho de Marlene. O Alexandre ter sido preso entregando cestas básicas na aldeia. Pela gravidade dos fatos, dificilmente, ela ficará no cargo, e deverá ter novas eleições em Miranda”, explicou.

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