Domingo, 8 de Junho de 2025
Ciência e Saúde
05/11/2013 11:48:59
Acordo deve reduzir sódio de requeijão, hambúrguer e embutidos
Fabricantes se comprometeram a diminuir índice de sódio em quatro anos. Biscoito, macarrão instantâneo e maionese já estavam em acordos anteriores.

G1/PCS

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Representantes da indústria alimentícia e o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, assinam acordo para reduzir quantidade de sódio em mais um grupo de alimentos. (Foto: Luciana Amaral/G1)
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e o presidente da Associação\n Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia), Edmundo Klotz, assinaram nesta\n terça-feira (5) um acordo para reduzir a quantidade de sódio em mais um grupo\n de alimentos industrializados no país. \n \n O sódio é o principal componente do sal de cozinha. O termo assinado pelo\n governo e pelos fabricantes prevê redução de sódio em requeijão cremoso, sopa\n instantânea, sopa pronta para consumo e para cozimento, queijo muçarela,\n empanados, hamburguer, presunto embutido, linguiça frescal, linguiça cozida a\n temperatura ambiente e mantida sob refrigeração, salsicha e mortadela mantida\n sob temperatura ambiente e sob refrigeração.\n \n Esse é o quarto acordo firmado entre o Executivo federal e os fabricantes de\n alimentos desde 2011 com o mesmo objetivo. Nos tratados anteriores, alimentos\n como pão de forma, macarrão instantâneo, batata frita, maionese, biscoito\n recheado, margarina, cereais matinais e temperos para massa e arroz também\n tiveram a quantidade de sódio reduzida.\n \n Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), o consumo diário de sódio deve\n ser de menos de dois gramas por dia, equivalente a uma colher de chá ou cinco\n gramas de sal. O sal, em quantidades maiores do que a recomendada, aumenta a\n pressão arterial, podendo alterar o ritmo cardíaco. Com o desequilíbrio, a\n pessoa corre mais riscos de sofrer enfarte e problemas circulatórios.\n \n De acordo com o ministério, a ingestão em excesso de sódio pode contribuir\n para o aparecimento e agravamento de doenças crônicas não transmissíveis\n (DCNT), como a hipertensão arterial. A meta do governo federal é diminuir a\n média de consumo de sal no país e reduzir a taxa de mortalidade prematura (que\n se refere às pessoas com menos de 70 anos), por DCNTs em 2% ao ano.\n \n O sódio, especialmente em alimentos industrializados, está presente em\n conservantes (nitrito de sódio e nitrato de sódio), adoçantes (ciclamato de\n sódio e sacarina sódica), fermentos (bicarbonato de sódio) e realçadores de\n sabor (glutamato monossódico).\n \n A fim de equilibrar o sódio ingerido, os especialitas recomendam o consumo\n de frutas e verduras, que são ricas em potássio.
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\n Hipertensão
\n Durante a assinatura do acordo, o Ministério da Saúde também divulgou os\n resultados de uma pesquisa feita em 2012 sobre a hipertensão arterial no\n Brasil. Segundo o estudo Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças\n Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), feito pela pasta, 24,3% dos\n brasileiros são hipertensos.\n \n Essa porcentagem representa um aumento em relação aos dados de 2011, quando\n a proporção de hipertensos no Brasil tinha sido de 22,7%, de acordo com a\n pesquisa Vigitel divulgada no ano passado.\n \n A pesquisa divulgada nesta terça-feira mostrou que a hipertensão tem mais\n impacto mulheres, pessoas de menor escolaridade e com mais de 65 anos. Destas\n últimas, 59,2% sofrem com a doença no país.\n \n A diretora do Departamento de Análise de Situação de Saúde, Deborah Malta,\n afirmou que o consumo médio de sal pelo brasileiro é de 12 gramas diárias, mais\n do que o dobro sugerido pela OMS. Isso seria causado pelo hábito de colocar sal\n em alimentos processados e de comer frequentemente fora de casa.\n \n Deborah ainda afirmou que, se a recomendação de consumo de sódio da OMS\n fosse totalmente adotada, o Brasil teria 15% a menos de mortes por acidente\n vascular cerebral (AVC) e menos 10% de óbitos por enfarte. Além disso 1,5\n milhão de hipertensos ficariam livres de medicação para combater a doença e\n ganhariam mais quatro anos na expectativa de vida.\n \n A cidade que tem a população mais hipertensa, conforme o estudo, é o Rio de\n Janeiro (RJ), com 29,7%. A capital fluminense é seguida no ranking por Recife\n (PE), 26,9% e Maceió (AL), 26,7%. Já a cidade que menos tem vítimas de\n hipertensão é Boa Vista (RR), que registrou 16,6%.\n \n \n
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