Sábado, 20 de Abril de 2024
Ciência e Saúde
24/08/2018 09:47:00
Falta uma semana para o fim da Campanha de Vacinação contra o sarampo e a pólio

Bem Estar/LD

Imprimir

A Campanha Nacional contra a Poliomielite e o Sarampo acaba em uma semana, no dia 31 de agosto. O Ministério da Saúde pede que os pais levem seus filhos de 1 até 5 anos até a unidade de saúde mais próxima para se proteger contra essas doenças. As vacinas são de graça e estão disponíveis pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Em um balanço divulgado na última quarta-feira (22), 5 milhões de crianças ainda não tinham sido imunizadas no país. Essa última atualização feita pelos estados mostra que 56% crianças de todo o país estão protegidas – a meta é atingir pelo menos 95%.

A campanha tem por objetivos:

Vacinar quem nunca tomou a vacina;

Completar todo o esquema de vacinação de quem não tomou todas as vacinas;

Dar uma dose de reforço para quem já se vacinou completamente (ou seja, tomou todas as doses necessárias à proteção).

Esse tipo de campanha que inclui o reforço da dose, informa o Ministério da Saúde, acontece de quatro em quatro anos e já estava prevista no orçamento da pasta. Esse ano, no entanto, a campanha é ainda mais importante dada à volta da circulação do sarampo no território brasileiro e a ameaça da poliomielite.

Todas as crianças com idade entre 1 e 5 anos precisam comparecer a uma das unidades para se prevenir contra o sarampo e evitar que os dois surtos no Amazonas e em Roraima se espalhem para outros estados. Já em relação à paralisia infantil, trata-se de uma precaução, já que 312 cidades estão abaixo da meta preconizada para o controle da doença e um caso foi registrado na Venezuela em junho. Não há, contudo, casos de paralisia infantil no Brasil.

Casos de sarampo

O Brasil teve 1.428 casos confirmados de sarampo em 2018. Os estados do Amazonas e Roraima apresentam surtos da doença, com 1.087 e 300 casos, respectivamente. Os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, Pernambuco e Pará também apresentaram registros da doença.

Adultos também podem se vacinar

A campanha atualmente tem como público-alvo as crianças. O Ministério da Saúde, no entanto, disponibiliza duas doses para os indivíduos entre 12 meses e 29 anos, que ficam à disposição o ano inteiro no Sistema Único de Saúde independente da força-tarefa atual para a vacianação.

Na rede pública, também é possível a vacinação gratuita até os 49 anos (nesse caso, uma dose é administrada). O governo recomenda que os adultos vão até as unidades de saúde após o fim da campanha deste ano direcionada às crianças, no dia 31 de agosto, para garantir uma dose e não sobrecarregar os postos.

"Os indivíduos acima de 50 anos provavelmente já pegaram a doença e já estariam imunizados pelas altas taxas de vacinação nos mais jovens. Mas nada impede que procurem a vacina individualmente", afirma Isabela.

Quem não pode tomar a vacina?

Gestantes, casos suspeitos de sarampo, crianças menores de seis meses de idade e pessoas imunocomprometidas (com doenças que abalam fortemente o sistema imune).

A vacina é segura?

Sim, afirmam o Ministério da Saúde e a SBim (Sociedade Brasileira de Imunizações). Ela é feita de vírus atenuado (enfraquecido) e em décadas de imunização no mundo inteiro, apenas casos de alergia a produtos do leite contidos na vacina foram reportados.

Hoje, no entanto, há vacinas sem traços de lactoalbumina (proteína do leite da vaca).

Não lembro se tomei a vacina. Devo tomar?

"No sinal de qualquer dúvida sobre se tomou a vacina ou não, ou se teve a doença no passado, vale tomar a vacina. Na pior das hipóteses, a pessoa vai se imunizar à toa" -- Isabela Ballalai (Sociedade Brasileira de Imunizações)

COMENTÁRIO(S)
Últimas notícias