Terça-Feira, 21 de Maio de 2024
Ciência e Saúde
24/12/2023 07:41:00
Internada, jovem que quase morreu ao cheirar pimenta ‘chora’ ao ver padrasto: “Saudade de casa”
Thais Medeiros, 26, deve ficar hospitalizada por pelo menos dois meses para tratar infecção no osso

Metro/PCS

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Thais Medeiros de Oliveira, de 26 anos, voltou a ser internada para tratar infecção nos ossos

A trancista Thais Medeiros de Oliveira, de 26 anos, que teve uma crise grave de asma ao cheirar uma pimenta e quase morreu, segue internada no Centro Estadual de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (CRER), em Goiânia, Goiás. Segundo familiares, ela deverá seguir hospitalizada para tratar uma infecção nos ossos por pelo menos dois meses. Em uma postagem nas redes sociais, ela apareceu “chorando” ao ver o padrasto, Sérgio.

A legenda do story no Instagram dizia: “Thais com saudades de casa”. A imagem mostra o padrasto se aproximando e fazendo um carinho na cabeça da jovem, que reage. “Não chora não, olha aqui o tio Sérgio. O que foi? Quer ir para casa, quer? Chora não, já você vai para casa, tá”, diz o homem, que mostra Adriana Medeiros, mãe da trancista, que também aparece abalada com a cena.

Em outra publicação, a família postou uma foto antiga de Thais e falou sobre os desafios do tratamento dela. Eles agradeceram por todo o apoio e doações que receberam desde que ela teve a reação à pimenta e ressaltaram que continuam precisando de ajuda.

“Para o próximo ano esses custos vão aumentar ainda mais, porque as escaras [feridas] que tanto impedem de ter um tratamento de reabilitação mais intensivo estão se fechando e com isso poderemos intensificar em muito a reabilitação dela e aumento as sessões também aumentam os custos com os profissionais que cuidam dela”, diz o texto.

“Hoje ela encontra-se internada para tratamento com antibióticos para curar uma bactéria que ela contraiu no osso e que não podemos deixar se alastrar e por isso a necessidade dela ficar internada por 1 ou 2 meses”, destacaram os parentes de Thais.

“Agora após passamos por uma análise sobre tudo que fizemos com as doações da primeira vaquinha, o pessoal do @vooa - Razões para acreditar, decidiram abraçar novamente a causa da Thais e criaram uma nova campanha para que possamos ter recursos para custear o tratamento dela por pelo menos 1 ano, por isso pedimos, se você quiser e puder nos ajudar e só clicar no link que esta na Bio desse perfil e fazer a sua contribuição”, pediu a postagem.

A internação da jovem ocorreu no último dia 6. Na ocasião, Adriana disse que a medida já estava programada para que a filha passasse pelos exames. Os médicos precisavam saber como está a infecção que ela tem nos ossos, chamada osteomielite.

Reação à pimenta

A trancista passou mal na tarde do último dia 17 de fevereiro durante um almoço na casa do namorado. O rapaz contou que ela cheirou a pimenta e, em seguida, começou a “perder as forças”. Ela foi levada às pressas até o Hospital Evangélico Goiano (HEG), onde foi constatado que sofreu um edema cerebral.

Ao chegar no hospital, a jovem sofreu uma parada cardiorrespiratória, quando ficou cerca de sete minutos sem pulso e 15 minutos sem oxigênio. Assim, ela foi sedada e intubada para evitar danos cerebrais. Depois, foi transferida para a Santa Casa de Anápolis, onde ficou na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Depois, foi transferida para um quarto, onde seguiu sua recuperação. No entanto, o diretor técnico da Santa Casa de Anápolis, Murilo Carlos Santana, ressaltou que o quadro dela era delicado.

Os médicos acreditam que a jovem sofreu uma crise de grave de asma ao cheirar a pimenta e, por conta da baixa circulação de oxigênio no cérebro, teve danos neurológicos. O condimento teria sido o gatilho.

A mãe da jovem havia dito que a filha sofria com bronquite desde que ficou grávida, mas ninguém sabia que ela poderia ter alguma reação à pimenta.

A trancista completou 26 anos no último dia 7 de setembro. Após meses de internação e várias idas e vindas ao hospital, ela pôde celebrar o aniversário ao lado da família. Desde então, seguia na UTI domiciliar e também passa por um tratamento chamado neuromodulação.

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