Metrópoles/LD
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Conforme dados publicados pela Associação Nacional de Medicina do Trabalho (ANAMT), a enxaqueca afeta mais de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo. No Brasil, a condição atinge em torno de 34 milhões de indivíduos. De acordo com a neurologista Priscila Papassidero, a doença neurológica “altera o processamento cerebral, transformando estímulos comuns do dia a dia em dor.”
A médica explica que o principal sintoma da enxaqueca é a dor de cabeça, mas pode ocorrer também episódios de náuseas, vômitos, tonturas, dor no pescoço, sensibilidade ao movimento e intolerância à luz, barulho e odores.
Priscila enfatiza a respeito da causa genética e menciona: “Em grande parte dos casos, é uma doença hereditária, que afeta principalmente mulheres entre 10 a 55 anos.”
Enxaqueca
À coluna Claudia Meireles, a especialista em dor ressalta sobre a enxaqueca ser considerada a segunda doença mais incapacitante do mundo. Priscila esclarece que a condição precisa ser controlada de forma preventiva, com o objetivo de reduzir a frequência das crises de dor, bem como a intensidade.
Segundo a neurologista, “infelizmente não existe cura definitiva” para esse quadro.
“A enxaqueca prejudica a qualidade de vida dos pacientes e exige esforços e cuidados com o estilo de vida para minimizar o impacto sobre a rotina e a produtividade das pessoas que sofrem com essa condição”, argumenta a médica, detalhando que o tratamento envolve fazer alguns ajustes, como ter uma hidratação adequada e fazer atividade física regularmente.
Outros hábitos a serem adotados incluem refeições balanceadas, além de manter uma rotina de sono e controlar os níveis de estresse. Priscila acrescenta a respeito do uso de determinadas fórmulas em casos mais graves, a fim de prevenir a ocorrência de crises: “Durante os ataques de dor, existem alguns medicamentos que podem ser utilizados para cortar a crise e ajudar o paciente a retornar as atividades.”
Suplementos
A neurologista destaca que alguns suplementos alimentares demonstraram evidências científicas “interessantes” para auxiliar no controle da dor. A seguir, Priscila Papassidero elenca algumas fórmulas indicadas para quem tem enxaqueca e pontua como essas substâncias contribuem com o alívio da dor:
Magnésio: a médica salienta que esse mineral é um dos mais estudados por atuar estabilizando a atividade dos neurônios, reduz a liberação de substâncias inflamatórias e melhora a função dos vasos sanguíneos cerebrais. Coenzima Q10: é um suplemento bastante pesquisado, essencial para a produção de energia mitocôndrias, conforme explica a especialista: “Como muitos pacientes com enxaqueca têm metabolismo energético cerebral mais lento, a coenzima Q10 melhora eficiência das células cerebrais e reduz a frequência das crises.”
Vitamina B2: outra opção natural é a riboflavina — também conhecida vitamina B2 —, que participa da geração de energia nas mitocôndrias. “A suplementação otimiza o metabolismo energético neuronal e pode diminuir o número e a intensidade das crises”, defende.
Ômega 3: apresenta a ação anti-inflamatória e modula a produção de prostaglandinas e citocinas, ajudando a reduzir a inflamação neurovascular associada à enxaqueca.
A especialista em dor enfatiza que, em conjunto, esses nutrientes contribuem para um cérebro mais estável, menos inflamado e com melhor produção de energia, fatores centrais no controle da enxaqueca.