Sábado, 20 de Abril de 2024
Ciência e Saúde
17/10/2018 15:14:00
OMS: surto de ebola no Congo não configura emergência internacional

Agência Brasil/LD

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou hoje (18) que o surto de ebola identificado na República Democrática do Congo não configura emergência em saúde pública de interesse internacional. No início da semana, o diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom Ghebreyesus, convocou uma reunião do comitê internacional para analisar o caso.

“Foi a visão do comitê que uma emergência em saúde pública de interesse internacional não deve ser declarada neste momento. Mas o comitê permanece profundamente preocupado com o surto e enfatizou que ações de resposta precisam ser intensificadas e que a vigilância contínua é essencial. O comitê também pontuou a situação bastante complexa de segurança [na região do surto]”, informou a entidade, por meio de nota.

De acordo com a OMS, nove países vizinhos à República Democrática do Congo foram informados de que se encontram em alto risco de disseminação do ebola e receberam reforço de equipamentos e de equipes de saúde e vigilância. Entre eles, a entidade destacou a necessidade de maior atenção em Uganda, em Ruanda, no Burundi e no Sudão do Sul.

“Este surto acontece em uma zona de conflito ativa em meio a crises humanitárias prolongadas. Cerca de oito grandes incidentes envolvendo segurança foram registrados na área de Beni nas últimas oito semanas. Esses fatores têm complicado o rastreamento de contatos e outros aspectos da resposta ao surto”, concluiu o comunicado.

Preocupação

Em agosto, o diretor-geral da OMS chegou a fazer um apelo para que todas as partes envolvidas em conflitos armados na República Democrática do Congo baixassem as armas e ajudassem a conter o avanço do surto. Na ocasião, Tedros disse estar mais preocupado com este novo surto da doença, identificado inicialmente na província de Kivu do Norte, do que ficou com o surto anterior, que atingiu a província de Equateur.

Números

Entre 4 de maio e 15 de outubro, 216 casos da doença foram registrados no país, sendo 181 confirmados e 35 prováveis, além de um total de 139 mortes, sendo 104 confirmadas e 35 prováveis.

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