O Governo Federal discutirá a inserção do Brasil no seleto grupo de países que ajudam no desenvolvimento de vacina contra a Covid-19. Notícias divulgadas internacionalmente afirmam que o país foi excluído da força-tarefa científica e uma reunião interministerial em junho vai tratar sobre o tema.

Essa agenda foi confirmada ao senador por Mato Grosso do Sul Nelson Trad Filho (PSD) pelo ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo.

“Minha preocupação é que se aquele pessoal descobrir a imunização primeiro, fiquemos de fora ou no fim da fila”, disse o parlamentar ao Correio do Estado.

A aliança mundial foi convocada pela Organização das Nações Unidas e pela União Europeia. Governos de todo o mundo doaram dinheiro para ajudar nas pesquisas e mais de € 7,4 bilhões já foram angariados.

Trad disse que existe uma brasileira no grupo, mas não como representante do país. Ela trabalha par a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), internacionalmente reconhecida na área.

O senador marcou reunião com Araújo para cobrar ações que fizessem com que o Brasil também tivesse uma cadeira e recebeu a informação a respeito do encontro governamental.

“Temos nomes e condições totais para fazer parte desses estudos. O Governo Federal tem intenção e vai discutir essa questão”, anunciou à equipe de reportagem.

Segundo informações do UOL, a aliança contou com a liderança da França, Alemanha, Japão, Omã, Noruega, Canadá, Espanha, Reino Unido e Itália. Na reunião para definir a estratégia, os Estados Unidos também ficaram de fora. O plano tampouco contou com a Rússia e a Índia.

A imprensa noticiou que muito mais do que um encontro para fazer frente à pandemia, a conferência foi um ato político de chancela à OMS, que tem recebido críticas do governo brasileiro e por Donaldo Trump, que inclusive cortou verbas destinadas à organização.