\n \n Oito Estados brasileiros concentram quase 85% dos casos de dengue\n no Brasil, puxados pelo Mato Grosso do Sul, com 42 mil registros. O risco da\n dengue nesse Estado é quase 15 vezes maior que o índice nacional. Neste ano,\n até 16 de fevereiro, o Brasil registrou 204.650 casos de dengue, ante 70.489 no\n ano passado. \n \n O Ministério da Saúde divulgou hoje (25) que o número de casos de\n dengue quase triplicou, porém os mais graves e as mortes diminuíram, na\n comparação entre as sete primeiras semanas de 2012 com as de 2013. \n \n Os dados indicam a ocorrência de epidemia em Mato Grosso do Sul e\n outros quatro Estados --Tocantins, Mato Grosso, Acre e Goiás, com 173.072\n registros, concentraram 84,6% dos casos nas sete primeiras semanas de 2013.\n Mato Grosso do Sul também tem a maior incidência da doença, 1.677,2 casos por\n 100 mil habitantes. \n \n Para o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde,\n Jarbas Barbosa, o aumento se deu por causa do Denv-4, conhecido como tipo 4 da\n doença, que, desde 2011, circula no país e também por causa da grande\n incidência do mosquito. \n \n “Toda vez que a gente tem um novo sorotipo em um lugar no qual\n nunca circulou ele encontra todo mundo suscetível. Em 2013, ele [tipo 4]\n atingiu municípios grandes e isso faz com que aumentasse o número de casos”\n explicou Barbosa. \n \n O Denv-4 corresponde a 52,6% das amostras encontradas no Brasil. O\n Ministério da Saúde acentua que a gravidade e os sintomas são iguais para os\n quatro tipos de vírus. \n \n Mato Grosso do Sul, com o maior número de casos do Brasil, Minas\n Gerais, Goiás, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Mato Grosso e Espírito\n Santo,. \n \n Comparando as primeiras sete semanas do ano de 2012 com 2103, o\n número de casos graves caiu 44% (de 577 para 324). No mesmo período, o numero\n de mortes caiu 20% (41 para 33). \n \n De acordo com o Levantamento de Índice Rápido de Infestação por\n Aedes aegypti (Liras), o lixo urbano foi o local com maior número de focos do\n mosquito da dengue nas regiões Norte (46,1%), Centro-Oeste (43%) e Sul (44%).\n No Nordeste 76% dos focos foram encontrados no armazenamento de água. \n \n Enquanto isso, no Sudeste a residência foi o local com maior\n concentração de focos (vasos de plantas, pneus). “Os dados mostram aos gestores\n a realidade dos municípios e permitem que eles façam uma intervenção”,\n ressaltou Jarbas Barbosa. \n \n “Estamos no começo do período de transmissão epidêmica, que vai\n até maio. É um momento de forte alerta”, frisou o ministro da Saúde, Alexandre\n Padilha. O ministro fez um alerta para a Região Sudeste “onde os focos estão\n nas casas das pessoas” e para a Região Nordeste, “que concentra mais de 50% dos\n municípios com risco de dengue”.\n \n \n \n \n