\n \n A partir da próxima sexta-feira (5), 301 planos de\n saúde administrados por 38 operadoras estarão proibidos de serem\n comercializados em todo o Brasil. De acordo com a Agência Nacional de Saúde\n Suplementar (ANS), a venda dos planos ficará suspensa até que as empresas se\n adequem à Resolução 259, que determina prazos máximos para a marcação de\n consultas, exames e cirurgias.\n \n Levantamento do órgão indica que, entre julho e\n setembro deste ano, foram registradas mais de 10 mil reclamações por parte de\n usuários de planos de saúde referentes ao não cumprimento dos prazos\n estabelecidos.\n \n Das 1.006 operadoras médico-hospitalares existentes\n no país, 241 receberam pelo menos uma queixa. Destas, 38 se encaixam na maior\n faixa de reprovação (nota 4), com indicador de reclamação 75% acima da média\n estipulada pela ANS.\n \n Dados mostram ainda que, do total de planos punidos\n este mês, 80 vão receber a primeira suspensão, enquanto 221 já tiveram a\n comercialização suspensa na última avaliação, realizada em julho deste ano.\n \n O diretor-presidente da ANS, Maurício Ceschin,\n lembrou que o beneficiário dos planos suspensos não terá o atendimento\n prejudicado. A estratégia da ANS, segundo ele, consiste em impedir as\n operadoras de vender os planos para novos segurados. “Os beneficiários que estão\n nesses planos continuam com atendimento sem nenhuma alteração, com seus\n direitos preservados”, reforçou.\n \n O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, lembrou que\n o período de suspensão imposto pela ANS permite que a operadora se organize e\n passe a garantir os prazos estabelecidos aos beneficiários. Para ele, trata-se\n de uma medida de proteção ao cidadão e uma estratégia pedagógica em relação às\n operadoras.\n \n “Pela primeira vez, se mexe nas regras de inclusão\n de novos planos, se mexe no bolso, na lucratividade”, disse. “A grande intenção\n do ministério em apoiar essa medida é criar um cultura e um ciclo permanente\n que garantirá o cumprimento de prazo a usuários de planos de saúde”, completou.\n \n A lista completa dos 301 planos de saúde suspensos e\n de suas respectivas operadoras pode ser acessada no site da ANS. O órgão\n informou que, das 37 operadoras que tiveram planos com a venda suspensa em\n julho, oito já podem voltar a comercializar produtos.\n \n De acordo com a legislação da ANS, as operadoras de\n planos de saúde que não cumprem os prazos máximos previstos estão sujeitas a\n multas de R$ 80 mil e de R$ 100 mil em casos de urgência e emergência.\n \n Em caso de reincidência de descumprimento, as\n empresas podem sofrer medidas administrativas, como a suspensão da\n comercialização de parte ou da totalidade dos planos, e ter decretado o regime\n especial de direção técnica, que prevê a possibilidade de afastamento dos\n dirigentes. \n \n \n \n \n