Sexta-Feira, 29 de Março de 2024
Ciência e Saúde
06/07/2020 16:56:00
Se ocupação de leitos continuar crescendo saúde entrará em colapso, diz prefeito

Midiamax/LD

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Com aumento da taxa de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em Campo Grande, o prefeito Marcos Trad (PSD) disse que sistema de saúde da Capital pode entrar em colapso se a situação não mudar. No fim de semana, o município ultrapassou Dourados em números de casos confirmados de coronavírus.

Segundo o boletim epidemiológico estadual, Campo Grande tem 3.164 casos confirmados da Covid-19. A taxa de ocupação de leitos de UTI está em 75% , de 212 ofertados na Macrorregião Campo Grande. Dentre as quatro macrorregiões, a da Capital é a única que ultrapassa os 50%.

Atualmente Campo Grande tem 122 pacientes internados, sendo 84 em leitos clínicos (30 são públicos - 54 privados) e 38 em leitos de UTI (23 públicos - 15 privados), segundo o último boletim municipal, de ontem.

E a Covid-19 continua avançando no Estado. Em comparação com o mês passado, no dia 6 de junho haviam 2.132 casos, taxa de ocupação de leitos clínicos em 7%, UTI em 10% e 21 óbitos. Um mês depois, são 10.253 testes positivos, ocupação de leitos clínicos em 22%, de UTI em 40%, e 123 mortes

O prefeito criticou os comerciantes que continuam com seus estabelecimentos abertos após o horário do Toque de Recolher, que atualmente vai de 23h até as 5h do dia seguinte. Segundo ele, neste último final de semana, 74 estabelecimentos foram fechados por descumprirem o decreto e funcionar além do horário.

“[...] as pessoas lá estiveram lá [nos bares] podem hoje encontrar um filho seu, acontece que essas pessoas que lá estiveram pode estar com você agora”, comentou.

Na sexta-feira (3), Mato Grosso do Sul registrou o menor índice de isolamento social para o mês com índice de 35,9%. No sábado (4) a adesão foi de 39,5% e no domingo (5) subiu para 46,8%. As médias continuam muito aquém do recomendado para conter a disseminação do vírus de 60% a 70%.

Campo Grande, que recentemente voltou a ser o epicentro da doença no Estado, também desenha o cenário de montanha russa com as taxas de recolhimento mapeadas. Na sexta-feira foi de 35,5%, no sábado de 39,2% e domingo 46,2%.

Apesar do aumento exponencial e baixa adesão ao isolamento social, Trad diz que descarta um ‘“lockdown” na cidade. “[Falam] ‘fecha tudo Marquinhos’; mas se você não me ajudar, nem fechando tudo a gente vai conseguir”, disse ele, explicando que na última vez que o Executivo Municipal “fechou tudo” a população desrespeitou o isolamento domiciliar e saiu de casa.

“Algumas pessoas iam para os parques, outras iam para o mirante do aeroporto, outras iam fazer prática de corrida na rua, outras não usavam máscaras. Então a questão é mais comportamental do que trancar todo mundo dentro de suas casas”, comentou Trad.

Por isso o prefeito fez um apelo aos campo-grandenses para que respeitem as normas de enfrentamento ao coronavírus e cuidam da saúde pessoal e de todas as outras pessoas da Capital. “É uma cidade toda contra esse vírus”, finalizou ele.

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