Domingo, 8 de Junho de 2025
Ciência e Saúde
13/12/2012 12:00:45
Sem autoridades, Conselho suspende reunião sobre doação de aparelhos de radioterapia
O motivo foi a ausência dos dois principais secretários de Saúde do MS: Beatriz Dobashi, estadual, e Leandro Mazina, de Campo Grande.

Midiamax/HJ

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\n \n A reunião extraordinária do Conselho Estadual de Saúde, que\n ocorreria nesta quarta-feira(12), exclusivamente para a discussão sobre o\n destino dos cinco aceleradores nucleares que o Ministério da Saúde está doando\n para o MS, ao custo de R$ 34,3 milhões, foi cancelada ontem porque não havia\n com quem tratar o assunto. \n \n O motivo foi a ausência dos dois principais secretários de Saúde\n do MS: Beatriz Dobashi, estadual, e Leandro Mazina, de Campo Grande. \n \n A reunião serviria para que o Conselho Estadual de Saúde marcasse\n a sua posição pela defesa intransigente da destinação dos aceleradores para\n hospitais públicos, ao contrário do que defendem Dobashi e Mazina, que querem\n remetê-los para hospital privado. \n \n Em julho último, uma reunião do CIB- Comissão Intergestora\n Bipartite, dirigida por Dobashi, decidiu por trocar os hospitais públicos\n indicados em lista do Ministério da Saúde para o recebimento dos equipamentos,\n pelo Hospital do Câncer, que concentra o serviço de radioterapia em Campo Grande. Tanto\n em sua própria unidade hospitalar, quanto na Clínica Neorad, a empresa\n terceirizada da Santa Casa para o serviço, por contrato com a prefeitura,\n assinado por Mazina. \n \n Por causa dessa contradição, que envolve a troca das principais\n unidades 100% SUS do MS - o Hospital Regional Rosa Pedrossian e o Hospital\n Universitário da UFMS pelo HC - o caso entrou na esfera da Justiça Federal. \n \n A procuradora federal Analícia Ortega Hartzexige exige no processo\n 0010231-89.2012.4.03.600000 que o HU seja obrigado a receber o acelerador. \n \n A direção do HU recorreu, e o processo está na sede do Tribunal\n Regional da Terceira Região, em\n São Paulo, nas mãos do relator, o desembargador federal\n Márcio Torres. As custas deste processo são de R$ 6,2 milhões, caso o hospital\n seja condenado pelo não cumprimento da determinação. \n \n Com a repercussão do caso, há cerca de um mês o Conselho marcou a\n reunião desta quarta para se posicionar, oficialmente. “A nossa posição é a de\n que os aceleradores tem que ser instalados em hospitais públicos. É o que\n defendemos enquanto usuários e trabalhadores do sistema estadual de saúde. Os\n aceleradores tem que ser instalados em locais públicos, não na iniciativa\n privada porque ela não atende 100% SUS. Há convênios e particulares”, afirmou o\n presidente do Conselho Estadual de Saúde, Florêncio Garcia, de Aquidauana.\n \n Garcia também criticou uma certa morosidade na decisão sobre o\n caso, afirmando que “o Estado deveria estar fazendo com mais rapidez uma\n discussão aberta, para a que gente consiga implementar logo esse serviço\n essencial, visto que os problemas com a oncologia estão crescendo muito no Mato\n Grosso do Sul”. \n \n O Conselho pretende marcar uma nova reunião para rediscutir o\n destino dos aceleradores, mas talvez já na gestão do novo prefeito eleito,\n Alcides Bernal, já cientificado da situação, segundo declarou Florêncio Garcia.nbsp;\n \n \n nbsp;\n \n \n \n \n \n \n nbsp;\n \n \n
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