Quarta-Feira, 3 de Setembro de 2025
Comportamento
01/09/2025 14:41:00
Após denúncia de Felca, YouTube remove canais com quase 15 milhões de inscritos
Plataforma alegou que os canais foram derrubados por conteúdo impróprio para crianças

Band/PCS

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A plataforma de vídeos YouTube removeu canais com quase 15 milhões de inscritos por conteúdo impróprio para crianças. A medida é um dos efeitos da denúncia do youtuber Felca sobre adultização infantil.

A queixa de Felca explodiu há quase um mês. O vídeo, que viralizou, denunciava a sexualização de menores. Além disso, Felca também falou sobre crianças que são expostas a situações vexatórias nas redes sociais.

Em um dos exemplos, o youtuber cita um vídeo da youtuber mirim, Isabel Peres, a Bel. Ela aparece sendo exposta pela mãe ao dizer que vai passar mal caso cumpra um desafio.

Bel aparece em vídeos gravados pela mãe, Francinete, desde os 8 anos de idade. O canal dela, “Bel para meninas” e o da mãe, foram removidos do YouTube. A plataforma diz que os conteúdos violam políticas de segurança infantil.

Agora, as duas falam que estão sendo perseguidas na internet, “eu não sei até quando essa perseguição vai continuar. Não tem conteúdo inadequado. Não era só o canal, eram memórias”, disse Bel.

Os chamados “youtubers mirins” são populares na plataforma. Quanto mais expostos, mais ganham dinheiro para os donos dos canais, que podem ser da família ou não.

Outros canais removidos são do Paraná. É o caso do Felipe Sápio, conhecido como Taspio. Com milhões de seguidores, o canal mostrava adolescentes encenando relacionamentos.

Além de Taspio, o youtuber João Caetano, que produzia vídeos com crianças e adolescentes em manobras com bicicletas e motos. Já Patrícia Caetano e André Campos, conhecidos como Paty e Dedé, também exibiram crianças encenando relacionamentos.

As defesas dos três canais disseram que os pais autorizaram as gravações.

“Se eu deixo de brincar, se eu deixo de estudar para ficar trabalhando, para pensar em ganhar dinheiro, para pensar em conteúdo que são de adultos, sem dúvida isso vai influenciar minha vida psíquica na vida adulta, sem dúvida”, disse a psiquiatra da infância e adolescência Danielle Admoni. "

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