Sexta-Feira, 26 de Abril de 2024
Comportamento
30/05/2018 14:55:00
Hipster, alarmista, hiperativo do Whats... Quem é você no caos brasileiro?

UOL/PCS

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Sim, o bicho está pegando. E, diante do caos, cada um reage de uma maneira louca. Dá para ser racional e totalmente equilibrado com o país parado, boatos assustadores, ameaça de falta de gás? Acho que não, e quem não estiver um pouco louco é porque é… meio louco!

Para aliviar esses tempos difíceis, mapeamos alguns tipos de surtados da greve. Atenção, esse é um texto de humor baseado em fatos reais. E, claro, a autora desse texto também está louca:

1- O ecológico bem resolvido

Acha que todo o problema do caos gerado pela greve dos caminhoneiros se resolve com uma bicicleta. A energia? Imagina, ela tem que ser solar! Ignora que não vai rolar exportar soja de bike e que todos pagamos por um agravamento da crise econômica. Ah, mas, claro, são contra a indústria da soja. Não se preocupa em estocar alimentos porque tem sua própria horta. Ficar sem gás? Ótimo, vamos todos comer alimentos crus! É tendência.

2- O habitante do planeta selfie

Continua fazendo stories no Instagram e vídeos de “mimos recebidos”, posta fotos de festas que estão “bombando”, tira selfies. Nada está acontecendo ali. Tudo continua ótimo. Espécie de mundo distópico onde se é feliz e lindo mesmo no caos. Onde encontrar essas pessoas: no Instagram e na vida.

3- O Hiperativo do WhatsApp

Passa o dia mandando mensagens para todos os seus contatos e grupos de WhatsApp, espalha notícias de que caminhoneiros vestidos de verde oliva estão se dirigindo para o congresso, que a internet também vai ser afetada e que o governo vai derrubar o WhatsApp. Irritante para quem recebe e até perigoso. Para esses, recomendo o texto do nobre colega Leonardo Sakamoto.

4- O alarmista do estoque

Já está pensando em estocar gasolina em casa (pelo amor da santa, não faça isso, é perigoso, tipo perigoso de verdade), alimenta os hiperativos de WhatsApp falando sobre escassez de alimentos e lugares onde ainda existe tomate. Compra quilos de batata (dez reais o quilo) sem lembrar que estraga e enche a despensa de coisas que não gosta, mas vai que bate uma vontade e não tem? Já pensou faltar chuchu?

5- O zen do caos

Amigo do ecológico, faz pão caseiro, está meditando e acha que tudo é uma questão de não se deixar levar pela negatividade. Fica de boa, tomando um chá orgânico, tentando mentalizar positivamente e sentindo gratidão pela vida.

6- O PHD em caos

Racionamento? Imagina, eu estava vivo na época do Sarney! Filas para gasolina? Nossa, eu sou do tempo das fiscais do Sarney, entendeu? Medo de ditadura? Ah, eu nasci em uma. Acaba agindo um pouco como zen do caos, já que não se abala muito. Provoca inveja nos hipsters, já que conhece o caos antes de ser modinha.

7- O hipster do caos

Adorou a ação de marketing de uma pizzaria em Pinheiros, São Paulo, que alugou cavalos para driblar a greve. Mais legal que bike artesanal, só cavalo mesmo. Não se afeta com a falta de abastecimento porque, assim como o ecológico, tem sua própria horta e a cerveja é artesanal, feita por uns manos.

8- O eterno adolescente amante do caos, porra!

Aeee! Finalmente! Tá tudo parado, bicho! Não interessa a idade da pessoa, mas ela se amarra em épocas de pane, nossa, parece até uma série. “Quanto pior, melhor”, ele pensa. Sem se tocar que para ele também vai ficar pior. Mas ele, bem, não quer nem saber. Caos, Ebaaaa!

9- O tô fora do Brasil, dane-se!

Fotos de Paris, por do sol na Grécia. Tudo bem, o mundo não acabou, mas também não precisa humilhar quem está em uma fila em um posto de gasolina, né? E não é porque você mora fora do país ou está de férias, que não é brasileiro.

10- O expatriado apegado

Mora fora do Brasil. Então, teoricamente escapou pelo menos desse caos. Mas não consegue relaxar e parar de pensar no Brasil. A categoria na qual se encaixa essa blogueira, que vive com olheiras causadas pela insônia e o fuso horário e ignora os amigos que dizem: “Esquece isso daqui!!!”. Não esquecemos. Não conseguimos.

PS. As pessoas que pedem intervenção militar, sejam ajoelhadas, com bandeiras, do jeito que for, não serão retratadas nesse blog. Intervenção militar é um assunto muito sério. Sem a menor graça. Melhor nem brincar com isso.

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