Sexta-Feira, 19 de Abril de 2024
Comportamento
16/08/2018 17:40:00
Pesquisa: 85% dos trabalhadores recorrem a parcelamentos
A pesquisa revelou que 85% dos colaboradores ouvidos não conseguem pagar as contas em dia

NM/PCS

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Com o objetivo de mostrar a importância da educação financeira nas empresas, a Associação Brasileira de Educadores Financeiros (ABEFIN), divulga uma pesquisa inédita sobre a saúde financeira dos trabalhadores brasileiros.

Em parceria com a Unicamp e o Instituto Axxus foram entrevistados 2.000 funcionários de cem empresas, dos mais diferentes níveis hierárquicos, nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Bahia, Ceará, Mato Grosso do Sul, Amazonas e Distrito Federal.

A pesquisa revelou que 85% dos colaboradores ouvidos não conseguem pagar as contas em dia. Sendo que os que parcelam apenas as compras de maior valor representam 50,65% e outros 35% fazem parcelamentos em todas as ocasiões e ainda recorrerem a linhas de crédito. Apenas 14% dos dos entrevistados conseguem arcar com as despesas e pagam compras à vista.

Ainda de acordo com a pesquisa, apenas 16% dos colaboradores ouvidos são capacitados financeiramente, ou seja, conseguem pagar suas contas com o remuneramento mensal e planejam seus gastos com antecedência. Por outro lado, 84% dos entrevistados enfrentam dificuldades para lidar com o dinheiro, sofrem prejuízos ou não entendem de finanças. O resultado, é claro, são dívidas, e proporcionalmente quanto maiores elas forem, menor será o rendimento dos colaboradores.

“Fazer parcelamentos em si não é um problema, desde que se tenha a consciência de que poderá honrar o compromisso com essas parcelas. O dado que mais preocupa é que a grande maioria dos trabalhadores não têm controle das finanças e a somatória desses pontos leva a visão de que muito desses colaboradores se tornarão inadimplentes com o tempo. A educação financeira vem para sanar esse problema e se faz cada dia mais urgente dentro das empresas”, ressalta o presidente da ABEFIN, Reinaldo Domingos.

CONARH 2018

Os dados da pesquisa vão de encontro à 44ª edição do CONARH – Congresso Nacional sobre Gestão de Pessoas, que acontece entre os dias 14 a 16 de agosto, no São Paulo Expo, na capital paulista. O tema escolhido neste ano é Protagonista da Transformação levando a ideia de colocar em prática ações que façam a diferença nas empresas, com o objetivo de mostrar que todos são responsáveis por serem protagonistas, influenciando as pessoas de forma positiva.

Pensando nisso, durante os três dias do congresso a DSOP Educação Financeira também irá oferecer gratuitamente um Teste de Perfil Financeiro para que os gestores de Recursos Humanos possam aplicar nas empresas, podendo assim diagnosticar financeiramente os seus colaboradores, sabendo se eles se encontram endividados, equilibrados ou são investidores.

Por que educar financeiramente?

A implementação de um programa de educação financeira na empresa propicia uma estrutura de apoio, amparo e instrução para os colaboradores. Com esse suporte, o profissional aprende a administrar os recursos financeiros que passam por suas mãos e a respeitar o limite de seu padrão de vida.

Muitos acreditam que a solução para os problemas financeiros é ter aumento salarial ou de benefícios. Contudo, trata-se de aprender a administrar a quantia que se tem, antes mesmo de buscar mais.

Ao elaborar um orçamento financeiro que leve à conquista de seus sonhos, o profissional aprende a equilibrar as finanças e mudar seus hábitos e comportamentos, consumindo de forma mais consciente.

O programa de educação financeira nas empresas não diz respeito a palestras de finanças pessoais ou cursos de investimentos. Trata-se de um benefício alicerçado da responsabilidade social da empresa, beneficiando funcionários, familiares, comunidade e a própria organização.

A empresa que investe em programas de educação financeira também ganha, visto que seus colaboradores trabalham com mais prazer, mais tranquilidade e buscando crescimento, pois retomam a consciência de ter objetivos.

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