Sexta-Feira, 26 de Abril de 2024
Coxim
25/02/2022 07:30:00
Curso trouxe patente de sargento a militar de Coxim, mas também resultou em lesão na coluna

Sheila Forato

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Foto Ilustrativa (Foto: Arquivo/EdiçãoMS)

O militar de Coxim, D.L.V.T., de 38 anos, acionou a Justiça contra o Estado de Mato Grosso do Sul, depois de ter sofrido uma agressão no Curso de Formação de Sargentos, ocorrido em 2020, que resultou em lesão na coluna.

Consta na ação que durante treinamento com gás lacrimogênio no Batalhão de Choque, em Campo Grande, ele levou uma pancada proposital na cabeça. A vítima acredita que o objeto utilizado foi um cassetete.

A agressão foi antecedida por discurso de ódio feito por um tenente aos alunos do curso, enquanto isso, um subtenente se aproximou e começou a encarava o militar de Coxim, como se estivesse o sinalizando.

Assim que o gás foi dispensado no local, o tenente foi até o sargento e ordenou que o mesmo corresse em direção ao gás. Com olhos fechados, o militar seguiu a ordem superior e quando foi se levantar para correr sentiu a pancada.

De olhos fechados, por conta do gás, a vítima não sabe precisar de onde veio a pancada, porém, o resultado é certo. Foram dias de dores, uma lesão na coluna, uma depressão e até mesmo pensamentos suicidas.

O Edição MS entrou em contato com o sargento, que apesar do sofrimento, concluiu o curso de formação. Ele disse que por quase um ano sofreu sozinho, não conseguia nem falar sobre as agressões física e psicológica sofridas, mas, nos últimos meses chegou à conclusão que se nada fizesse já estaria morto.

“Sofri a maior covardia da minha vida dentro do Batalhão de Choque. Uma pancada na cabeça, por trás, enquanto era submetido a um treinamento com gás lacrimogênio, sem poder abrir os olhos. A Polícia Militar que eu sirvo há quase 20 anos não é isso”, desabafou o sargento.

A ação de reparação de danos é repleta de provas, diagnósticos, atestados e tratamentos os quais à vítima vem se submetendo desde o ocorrido. A ação corre em Coxim, domicílio do sargento.

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