G1/PCS
ImprimirAs vendas do comércio varejista brasileiro 0,3% em março na comparação com o mês imediatamente anterior, após ter recuado 0,2% em fevereiro. Já na comparação com março de 2017, o faturamento avançou 6,5%, o maior resultado desde abril de 2014 (6,7%), segundo divulgou nesta sexta-feira (11) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No acumulado no 1º trimestre, as vendas cresceram 3,8%, a quarta alta consecutiva, porém em um ritmo mais lento do que nos últimos três trimestres.
"O varejo acumulou altas de 3,8% no ano e de 3,7% nos últimos 12 meses, mantendo a recuperação em curso desde outubro de 2016", destacou o IBGE.
O resultado veio próximo do que era esperado pelos analistas. A expectativa em pesquisa da Reuters era de alta de 0,30% na comparação mensal e de avanço de 5,50% sobre um ano antes.
As vendas cresceram em março em 5 das 8 atividades pesquisadas, com avanço em 18 das 27 Unidades da Federação, com destaque, em termos de magnitude de taxa, para Espírito Santo (5,1%); Distrito Federal (4,4%) e Acre (4,1%).
Veja o resultado das vendas do varejo por segmento em março:
supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-1,1%)
tecidos, vestuário e calçados (0,7%)
artigos de uso pessoal e doméstico (0,7%)
combustíveis e lubrificantes (1,4%)
Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-5%)
Livros, jornais, revistas e papelarias (-1,2%)
Móveis e eletrodomésticos (0,1%)
Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (1,1%)
Vendas de combustíveis em queda
Na comparação com março de 2017, as vendas de combustíveis e lubrificantes recuaram 4,8%, exerceu a maior contribuição negativa no resultado total do varejo. Essa é a nona taxa negativa consecutiva nessa comparação. Segundo o IBGE, a elevação dos preços de combustíveis acima da inflação oficial do país, "é fator relevante que ainda vem influenciando negativamente o desempenho do setor".
Já as vendas de móveis e eletrodomésticos recuaram 3,3% na comparação anual, exercendo a segunda maior influência negativa no faturamento global do varejo frente a março do ano passado. O resultado negativo interrompeu sequência de dez taxas positivas. Nos últimos doze meses, entretanto, a alta é de 9,1%, mantendo a trajetória de recuperação iniciada em março de 2016.