Sexta-Feira, 26 de Abril de 2024
Economia
19/12/2018 15:11:00
BC dos EUA sobe juro pela quarta vez no ano

G1/LD

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O Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos) subiu nesta quarta-feira (19) os juros pela quarta vez no ano. Os juros aumentaram em 25 pontos básico e saíram do intervalo de 2% a 2,25% ao ano para a faixa de 2,25% a 2,5% diante das condições do mercado de trabalho e da inflação.

A decisão já era esperada pelo mercado, mas contraria o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Há tempos Trump vem criticando a política de elevação de juros do Fed por enfraquecer o ritmo de crescimento da economia.

No comunicado, após a decisão desta quarta-feira (19), o Comitê de Política Monetária (Fomc, na sigla em inglês) reforçou que o mercado de trabalho segue se fortalecendo e que a atividade econômica permanece em um ritmo forte.

"O mercado de trabalho continua se fortalecendo e a atividade econômica vem subindo em um ritmo forte", escreveu o Fomc. "Os ganhos de emprego têm sido fortes, em média, nos últimos meses, e a taxa de desemprego permaneceu baixa", acrescentou.

O Fomc também pontou que aumentos graduais nas taxas de juros serão consistentes com a expansão sustentada da atividade econômica, condições de mercado de trabalho e inflação próxima da meda de 2% no médio prazo.

"O Comitê julga que os riscos para as perspectivas econômicas estão mais ou menos equilibrados, mas continuará a monitorar a evolução econômica e financeira global e avaliar suas implicações para as projeções econômicas", informou o Fomc.

Efeitos no Brasil

Quando os juros sobem nos Estados Unidos, a economia norte-americana se torna mais atraente para investimentos aplicados atualmente em outros mercados como o Brasil, motivando assim uma tendência de alta do dólar em relação ao real.

Os títulos do Tesouro americano, atrelados à taxa de juros norte-americana, são considerados o investimento mais seguro do mundo. No cenário de aumento de juros, esse fluxo de capital pode levar a uma tendência de alta do dólar em relação a moedas emergentes como o real.

A decisão de investimentos depende, entretanto, do apetite de risco dos investidores. Os mais conservadores tendem a procurar economias mais seguras para alocar seu capital, mesmo que paguem juros mais baixos. Em 2008, por exemplo, durante a crise do subprime nos Estados Unidos, a demanda por títulos do Tesouro americano cresceu.

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