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Economia
17/01/2017 09:47:00
Com inflação, preços do aluguel caem quase 9% em 2016

G1/LD

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Os preços médios do aluguel residencial no Brasil caíram 8,95% em 2016, descontada a inflação oficial medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Os dados foram divulgados pelo índice FipeZap nesta terça-feira (17). A queda nominal (sem considerar a inflação) foi de 3,23%.

Em dezembro, os preços ficaram praticamente estáveis, com variação negativa de 0,02%, registrando valor médio de R$ 29,99 por metro quadrado nas 11 cidades pesquisadas. Todas as cidades monitoradas pelo índice tiveram queda real no preço médio do aluguel em 2016. Apenas em São Bernardo do Campo e Santos não houve queda nominal.

A cidade com o maior valor por metro quadrado para o aluguel, em dezembro, era o Rio de Janeiro (R$ 35,21), seguida por São Paulo (R$ 34,95%). As mais baratas foram São Bernardo do Campo (R$18,83) e Curitiba (R$ 16,57).

O Rio de Janeiro teve a maior queda no preço médio da locação em 2016, com recuo de 6,21%, seguida de Campinas, com redução de 4,71% no ano passado.

Rentabilidade do aluguel

O retorno dos proprietários com o aluguel foi de 4,4% ao ano em dezembro de 2016. A rentabilidade anual considera a divisão do valor do metro quadrado para locação pelo de venda do imóvel, multiplicado por 12.

Esse percentual foi mais baixo que a taxa de juros real, que foi de 6,9% em 2016. Essa taxa considera a expectativa de inflação para os próximos 12 meses e é medida pelo Banco Central. Também ficou abaixo da caderneta de poupança, que rendeu 8,3% no ano passado e foi maior que a inflação do período, de 6,29%.

A cidade de Santos, no litoral paulista, teve a maior rentabilidade das 11 pesquisadas pelo índice, com retorno de 6,3% no ano passado. Já a cidade menos rentável para o aluguel foi Curitiba (PR), com retorno anualizado de 3,5%. São Paulo apresentou rentabilidade média de 4,8% no mesmo período, e o Rio de Janeiro, 3,8%.

O cálculo do índice considera preços apenas de anúncios para novos aluguéis, sem incorporar a correção em contratos vigentes, cujos preços costumam ser reajustados pelo IGP-M/FGV ou índices similares, de acordo com os contratos estabelecidos.

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