Sábado, 27 de Abril de 2024
Economia
30/04/2018 15:12:00
Isenção do Brasil de cobrança de taxa sobre aço exportado aos EUA termina nesta segunda-feira

G1/LD

Imprimir

Termina nesta segunda-feira (30) o prazo temporário dado pelos Estados Unidos ao Brasil de isenção da cobrança de tarifa de importação sobre o aço e o alumínio, que entrou em vigor no dia 23 de março para todos os países, exceto Canadá e México. União Europeia, Coreia do Sul, Argentina e Austrália também tiveram isenção temporária para negociação.

Caso não consiga um acordo, o Brasil também vai ser alvo da sobretaxa de 25% para o aço e de 10% para o alumínio a partir de 1º de maio. O Brasil é o segundo maior exportador de aço para os EUA. O peso dos EUA é maior entre os produtos semimanufaturados - em janeiro deste ano, por exemplo, eles compraram 53% do total exportado pelo Brasil.

Em 2017, foram exportados aos EUA US$ 2,63 bilhões em aço, o equivalente a 33% das vendas brasileiras do produto para o exterior, segundo dados oficiais do Ministério da Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Além disso, o Brasil exportou no ano passado US$ 120,7 milhões em alumínio para EUA, cerca de 15% do total vendido para o exterior. Negociação

Durante o período de isenção, os fabricantes brasileiros negociaram com seus clientes norte-americanos um acordo para estabelecer uma espécie de cotas de produtos a serem comercializados, segundo informou Rubens Barbosa, presidente do Conselho de Comércio Exterior da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e consultor de siderúrgicas.

O Instituto Aço Brasil (IABr), que representa a indústria do aço, afirmou ao G1 que a isenção temporária era uma "notícia boa", mas que deveria ser analisada com serenidade. O presidente Marco Polo de Mello Lopes defendia que o Brasil tentasse junto ao governo dos EUA a exclusão da lista de sobretaxação.

Marco Polo revelara ainda que as indústrias brasileiras já haviam contatado 100% dos clientes norte-americanos para sugerir que eles solicitem a exclusão de taxação de produto ao Departamento de Comércio dos Estados Unidos.

As empresas brasileiras argumentam que cerca de 80% das exportações de aço do Brasil aos EUA são reprocessadas e que, portanto, não haveria concorrência direta com a produção interna norte-americana.

Procurados, o MDIC e o Itamaraty informaram que o Brasil ainda não havia chegado a um acordo com os EUA até o início da tarde desta segunda-feira.

COMENTÁRIO(S)
Últimas notícias