CGNews/PCS
ImprimirMotoristas que atuam em aplicativos de mobilidade urbana realizam na tarde desta sexta-feira (12) um protesto que toma duas faixas da avenida Afonso Pena, na pista sentido Parque dos Poderes-Centro, em Campo Grande. A manifestação é contra o novo reajuste no preço dos combustíveis, que entrou hoje em vigor nas refinarias, e seu impacto no faturamento dos condutores.
Previsto para seguir da Cidade do Natal até a sede do MPF (Ministério Público Federal), o ato foi estendido até a região central da Capital.
A intenção do grupo é pressionar o poder público para rever a majoração e chamar a atenção sobre os efeitos da alta dos combustíveis para quem depende do insumo para trabalhar. É o caso de Greici Scarso, 31, que atua como motorista da Uber e afirma rodar diariamente cerca de 200 quilômetros. “Nos últimos meses o custo aumentou cerca de R$ 20”, afirmou ela.
Também motorista do aplicativo, Wilson Ferreira, 48, afirma que só o seu gasto com combustíveis nos últimos meses saiu de R$ 1.000 para R$ 1.500, por conta dos aumentos. A esse gasto, somam-se a manutenção e a porcentagem a ser paga para a administração do aplicativo. “Fica bastante pesado e o lucro acaba achatado”, afirmou ele.
Estendida
Presidente da Associação de Aplicativos de Mobilidade Urbana, Wellington Dais da Silva afirma que o ato é um dos primeiros a ser realizado neste ano, tendo “caráter apartidário e inicialmente focado na carga tributária dos combustíveis”.
A manifestação teve início na Cidade do Natal e seguiria até a sede da Procuradoria da República no Estado. Porém, os motoristas decidiram seguir para o Centro da cidade. A Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) estima que cerca de 50 veículos participam do ato.
O servidor público Alexandre Rezende, 39, considera a carreata mais viável que protestos realizados em postos de combustíveis, onde motoristas abastecem os veículos pagando apenas R$ 0,50. “Isso prejudica o dono do posto, que também é vítima dos aumentos dos impostos e dos combustíveis e têm um lucro baixo, perto de 7%”, afirma ele. “A manifestação é para chamar a atenção da esfera federal”.