Sábado, 27 de Abril de 2024
Economia
02/05/2018 08:16:00
PIB da zona do euro desacelera no 1º trimestre e tem crescimento de 0,4%

G1/LD

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O crescimento econômico da zona do euro desacelerou como esperado no início de 2018, embora economistas digam que fatores temporários estejam parcialmente por trás da fraqueza e que a economia deve continuar a expandir com força neste ano. O PIB da região registrou alta de 0,4% no 1º trimestre, abaixo do avanço de 0,7% registrado nos últimos três meses de 2017, anunciou nesta quarta-feira (2) a agência Eurostat.

A primeira estimativa da agência europeia de estatísticas para o Produto Interno Bruto (PIB) entre janeiro e março coincide com a projeção da empresa de informações financeiras Factset.

A desaceleração confirma o panorama pessimista esboçado na semana passada pelo Banco Central Europeu (BCE), que constatou uma "certa moderação" na economia da Eurozona e manifestou preocupação com as "ameaças protecionistas".

Em ritmo anual, o crescimento econômico dos 19 países da Eurozona alcançou 2,5%, três décimas inferior ao resultado interanual registrado no último trimestre de 2017 (2,8%).

"Fatores temporários, incluindo o clima frio atípico, trabalhadores em greve, gargalos de curto prazo e mesmo um surto de gripe, parecem ter pesado sobre o PIB no primeiro trimestre", disseram econoistas da Capital Economics em nota a clientes.

"Dado o alto nível de confiança do consumidor, acreditamos que o crescimento do consumo vai acelerar no segundo trimestre e ajudar a levar o crescimento trimestral de volta para cerca de 0,5 ou 0,6 por cento."

O PIB da zona do euro cresceu 2,5% em 2017, expansão mais forte desde a alta de 3% registrada em 2007. Para 2018, o FMI (Fundo Monetário Internacional) projeta crescimento de 2,4%.

Desemprego fica em 8,5% em março

Já o desemprego na zona do euro permaneceu em 8,5% em março, o menor índice desde dezembro de 2008, anunciou a agência Eurostat, que calculou o número de pessoas sem emprego no bloco em 13,8 milhões.

Malta registra o menor índice de desemprego dos 19 países da moeda única, 3,3%. A Alemanha, maior economia da zona do euro, tem uma taxa de 3,4%.

A Grécia, submetida a uma série de programas de resgate desde 2010 em troca de duras reformas, continua com o índice mais elevado, 20,6%, resultado de janeiro.

A Espanha aparece em seguida, com uma taxa de 16,1%. Na Itália o índice de desemprego é de 11%, enquanto na França, segunda maior economia do bloco, o resultado foi 8,8%. Portugal registra uma taxa de 7,4%.

No conjunto dos 28 países da União Europeia, o índice de desemprego permaneceu estável em março, a 7,1%, com quase 17,5 milhões de pessoas sem trabalho.

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