Quarta-Feira, 24 de Abril de 2024
Educação
27/07/2017 07:21:00
Em Assembleia Geral nesta quarta-feira categoria aceita proposta salarial do governo

Da assessoria/LD

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Os professores e professoras da Rede Estadual de Ensino Público aceitaram a proposta salarial apresentada pelo governo do estado. A decisão ocorreu após deliberação das bases em cada um dos 74 SIMTEDS que compõem a FETEMS(Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul). O debate final aconteceu em Assembleia Geral na tarde desta quarta-feira(26), na sede da Federação, em Campo Grande.

A reunião contou com a presença de aproximadamente 400 participantes, entre delegados(as) representantes dos 74 SIMTEDs (Sindicatos Municipais dos Trabalhadores em Educação) que compõem, a Federação, vice-presidentes das 14 regionais, e delegados de base da CNTE(Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação).

Para o professor Paulo.Antonio dos Santos, presidente do SIMTED de Bataguassu, a atual situação de crise econômica no país e um cenário de arrocho salarial não deixa muita margem para negociar com os governos. “Vivemos em um momento de retirada de direitos dos trabalhadores e das trabalhadoras de todas as categorias, aliado a uma enorme recessão econômica. Precisamos garantir a nossa legislação que integraliza o Piso por 20 horas e para isso é necessário neste momento adotar um estratégia que garanta essa conquista”, avaliou

“Essa não é a proposta que queríamos, votei contra porque acredito que era possível avançar mais se fizéssemos uma greve geral, mas se a maioria decidiu em não escolher pela greve, cabe agora continuar lutando pela valorização do administrativo e mantermos um estado de alerta caso o governo queira retirar mais direitos dos(as) trabalhadores(as) em educação “,disse Lidinalva de Melo Ferreira,agente de limpeza da Escola Estadual João Dantas Filgueiras de Três Lagoas.

“Seria melhor o cumprimento da legislação como foi aprovada em 2015, porém diante do quadro que foi debatido com a categoria, os trabalhadores e trabalhadoras em educação entenderam que é melhor manter essa politica de promoção de um ganho real nos últimos anos, apostando no cumprimento integral das etapas que estão sendo negociadas, e mantendo a integralização do piso até 2020, por 20 horas, em Mato grosso do Sul. Uma politica que nos levou a um dos melhores salários do Brasil”, pontuou o professor Jaime Teixeira, presidente da FETEMS.

Ele destacou que agora é o momento de intensificar as tratativas em relação aos(as) funcionários(as) administrativos em educação. Já foi estabelecido com o governo, a criação de uma Comissão de Negociação, específica para os(as) administrativos(as), em busca da implantação de uma política de valorização da categoria.” Entendemos que há um déficit com os nossos trabalhadores e trabalhadoras administrativos da educação. Esse é um debate que será prioritário com o Governo”, disse o presidente da FETEMS. .

A proposta do Governo consiste:

  • Garante o índice de equivalência de 78,16% para integralizar o piso por 20horas, no mês de dezembro de 2017, aplicando o percentual de 7,64% na tabela de dezembro de 2016, dividido em duas parcelas, sendo a primeira de 2,94% em setembro, e 4,7% no mês de dezembro;

    • Integralizar no mês de outubro de 2018 o índice do piso nacional a ser anunciado em 2018, garantindo em outubro de 2018 o índice de equivalência de 78,16%. O reajuste terá como base a tabela de dezembro de 2017, no entanto, havendo concessão de revisão geral aos demais servidores públicos o índice será aplicado, no mesmo período também aos professores, sendo este valor deduzido do índice do Piso Nacional quando da integralização em outubro de 2018;

    • Garante o índice de equivalência de 82,53% no mês de dezembro de 2018;

    • Definir o mês de maio como data base;

    • Mantém a convocação da mesma forma que no primeiro semestre;

    • Não haverá alteração no Estatuto dos profissionais em Educação.

O governo irá encaminhar um Projeto de Lei para à Assembleia Legislativa com a íntegra do acordo para que haja a repactuação da Lei Complementar nº 200.

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