Domingo, 8 de Junho de 2025
Educação
07/09/2012 07:53:21
Estudantes brasileiros ganham concurso de roteiros de cinema na Espanha
O jovem Pabikyt Cinta Larga, 14 anos, nunca pensou que iria tão longe - ele cruzou o Atlântico e conheceu monumentos históricos em Madri e Salamanca.

Agencia Brasil/PCS

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\n \n O\n jovem Pabikyt Cinta Larga, 14 anos, nunca pensou que iria tão longe - ele\n cruzou o Atlântico e conheceu monumentos históricos em Madri e Salamanca. O\n jovem foi um dos vencedores, ao lado de mais quatro crianças brasileiras, do\n concurso de roteiros de curtas cinematográficos, feito pela Organização dos\n Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI). \n \n Ontem\n (6), 17 crianças e adolescentes da região receberam o prêmio pelo trabalho\n desenvolvido. No roteiro do seu curta, Pabikyt mostrou a cultura indígena da\n região. Ele mora no município de Cacoal (RO), junto com a mãe, para poder\n frequentar a escola – se ficasse na aldeia, não teria a oportunidade de\n estudar.\n \n nbsp;“Foi\n uma surpresa quando eu soube [que tinha ganhado]. A cidade é pequena e nunca\n teve esse tipo de concurso. Ainda mais um indígena ganhar, foi uma emoção muito\n grande”, lembra. Depois de selecionados, os roteiros foram encaminhados a\n produtoras de vídeo e diretores de cinema para que fossem filmados. Entre mais\n de 800 roteiros inscritos, 17 foram realizados. \n \n Assim\n como Pabikyt, todas as crianças brasileiras vencedoras do concurso optaram por\n contar lendas e histórias da região onde vivem. “Eu decidi contar algumas\n lendas que existem na minha cidade, acontecimentos, histórias de fantasma,\n muitas lendas”, conta Dener Oliveira, 11 anos, morador de Rio Formoso (PE) e\n roteirista do curta Rio Formoso. \n \n Milane\n dos Santos, 14 anos, contou em seu curta uma lenda de sua cidade, Buriti Bravo\n (MA), segundo a qual uma baleia vive debaixo da fundação da igreja, que precisa\n ser reformada todo ano porque o animal se mexe sob a terra. \n \n Na\n cerimônia de abertura do Congresso das Línguas na Educação e na Cultura, onde\n ocorreu a premiação, os vencedores se encontraram com parte da família real\n espanhola. Milane diz que essa foi a parte que mais gostou da viagem: conhecer\n uma princesa e um príncipe de verdade.nbsp;“Minha mãe ficou muito feliz e\n orgulhosa de mim” conta a menina. \n \n Representante\n do Sul do país, João Pedro Braff, 11 anos, mora em Santo Antonio da\n Patrulha (RS). Ele contou em seu roteiro a origem dos bailes de máscara. “O\n padre proibiu as pessoas de dançar porque era pecado. Aí eles não quiseram\n obedecer e começaram a dançar mascarados”, explica. Ele diz que ninguém\n precisou ensiná-lo a fazer o roteiro. “Aprendi sozinho”, conta. \n \n Ivi\n Sibele de Barros, 13 anos, também ganhadora do concurso, faz planos para o\n futuro. Encantada com a cidade que abriga uma das universidades mais antigas do\n mundo - a Universidade Salamanca, que completará 800 anos em 2018 - ela diz que\n quer seguir estudando até chegar ao doutorado e já escolheu sua área de\n formação: língua portuguesa. \n \n A\n menina, que gosta de escrever, resolveu contar a lenda da Cobra Grande, uma das\n mais tradicionais da cidade onde mora, Cruzeiro do Sul (AC). “Achei que era uma\n história pela qual as pessoas podiam se interessar e resolvi escrever. Quem me\n falou do concurso foi a minha professora. Ela me incentivou e disse que achava\n que eu tinha capacidade de ganhar”, conta. \n \n Assim\n como Ivi, todos os ganhadores foram incentivadas por professores ou\n coordenadores escolares a participar da competição. Todos os vídeos vencedores\n estarão disponíveis no site da OEI a partir de segunda-feira (10). *A repórter\n viajou a convite da Fundação SM, uma das entidades organizadoras do Congresso\n das Línguas na Educação e na Cultura.\n \n \n \n \n
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