Em 2019, o Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS) destinará cerca de R$ 78 mil em fomento para a realização de cursos, eventos e projetos de extensão, esses voltados à inclusão, diversidade e grupos sociais vulneráveis. Foram aprovadas 49 propostas em três editais abertos para essa finalidade.

O resultado final de cada edital está publicado na Central de Seleção do IFMS, nas respectivas páginas: edital nº 071/2018 - cursos de extensão; edital nº 072/2018 - eventos de extensão; e edital nº 073/2018 - projetos de extensão.

Ao todo, o IFMS destinará R$ 57.596,24 para o custeio das ações de extensões, além R$ 20.200,00 para o pagamento de bolsas, no caso específico dos projetos voltados à inclusão, diversidade e grupos sociais vulneráveis.

O pró-reitor de Extensão, Airton Vinholi, destaca a qualidade das propostas submetidas. "Não apenas quanto à escrita, mas também ao alcance e à preocupação com um amplo envolvimento da comunidade nas atividades, o que gerou notas altas, mesmo com todo o rigor de nossos avaliadores".

Cursos - Foram aprovadas 15 propostas de cursos de extensão com fomento total de R$ 14.883,30.

Os cursos deverão ser oferecidos entre 1º de março e 29 de novembro de 2019. Entre os temas que serão tratados estão formação de professores, educação financeira, musicalização, idiomas, informática e fotografia.

Um dos cursos de extensão aprovados foi submetido pela professora Elaine Godoy, do Campus Três Lagoas. O curso “Desenvolvimento de metodologias para a construção de conhecimento matemático no ensino fundamental” está na terceira etapa, mas pela primeira vez terá apoio financeiro institucional.

“O fomento contribui com a compra de materiais que podem enriquecer as atividades e torná-las mais dinâmicas, auxiliando ainda na divulgação do curso e na participação em congressos”, afirmou a professora.

Nas duas primeiras edições, foram abertas 60 vagas para professores da rede pública de ensino e demais interessados, como técnicos administrativos em educação.

Eventos - Foram selecionados 28 eventos para concessão de apoio financeiro no total de R$ 32.712,94. Além de eventos científicos e culturais, estão previstas ações sociais e de empreendedorismo e inovação, entre outros.

Uma das propostas selecionadas é o “Dia do Brincar 2019 - Brincando como antigamente”, de autoria do técnico-administrativo Igor Vieira, do Campus Campo Grande. Realizado pela primeira este ano, evento reuniu a comunidade do entorno do IFMS, localizado no Bairro Santo Antônio, com a oferta de diversas atividades lúdicas.

“A comunidade aderiu à atividade, com grande participação dos estudantes das escolas do bairro onde fizemos a divulgação do evento, com presença de um público de aproximadamente 250 pessoas”, destacou Igor.

Para 2019, a proposta é resgatar brincadeiras antigas. “Queremos mostrar como se brincava quando as tecnologias não eram popularizadas ou nem existiam”, explicou o coordenador.

Projetos - As propostas selecionadas são exclusivamente voltadas à inclusão, diversidade e a grupos sociais vulneráveis. São projetos que contemplam públicos como deficientes visuais e indígenas; e temas como relações étnico-raciais, empoderamento de mulheres, entre outros.

Foram selecionados dez projetos, com apoio financeiro para seis. O valor de custeio total será de R$ 10 mil, e para concessão de bolsas serão destinados R$ 20.200,00.

Um dos projetos aprovados tem como objetivo ensinar as técnicas da produção de hortaliças a jovens atendidos pela Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) no município de Naviraí.

O projeto “Apae - Naviraí e as hortaliças: uma combinação especial” foi proposto pelo professor Daniel Mesquita. “Atuo na produção de hortaliças e percebi a oportunidade de atender especificamente os estudantes da Apae . O projeto, que tem ainda atuação de outros professores, psicólogo e bolsistas, tem foco no desenvolvimento humano”.

O professor afirma que as bolsas contribuem para a criação de uma cultura extensionista na instituição e, consequentemente, com a formação humana dos estudantes.

“Temos a missão de formar cidadãos, profissionais ativos na sociedade e, com o projeto, os bolsistas podem conhecer novas realidades, o que contribui com a formação humana deles”, afirmou o professor.