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Educação
21/03/2018 13:57:00
Projetos do IFMS conquistam 12 prêmios em Feira Brasileira de Ciências

Da assessoria/LD

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Com 12 prêmios conquistados na edição 2018 da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), o Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS) passa a acumular 88 premiações em sete anos consecutivos de participação no evento organizado pela Universidade de São Paulo (USP).

A lista completa de prêmios está disponível na página oficial da Febrace, no endereço http://febrace.org.br/finalistas-e-premiados/.

O IFMS foi o Instituto Federal com o maior número de trabalhos classificados para o evento – 13 no total, desenvolvidos nos campi Aquidauana, Campo Grande, Corumbá, Coxim, Dourados, Jardim, Nova Andradina, Ponta Porã e Três Lagoas. Desses, sete foram premiados.

“A instituição continua se destacando na Febrace. Demonstra que nós estamos no caminho certo no incentivo à pesquisa e inovação, para que nossos estudantes possam trilhar essa trajetória tão importante para o desenvolvimento do país”, ressaltou o pró-reitor de Pesquisa, Inovação e Pós-Graduação, Marco Naka.

O trabalho do IFMS mais premiado nesta edição foi a “Sonda de baixo custo para determinação da qualidade da água”, desenvolvido pelo estudante do 5º período do curso técnico integrado em Informática do Campus Corumbá, Samuel Campos, 16, sob a orientação do professor de Química, Everton Policarpi.

Além do 3º Lugar em Engenharia, o trabalho recebeu medalha e credencial para participação na Mostra Técnica de Projetos (MTEP), no Maranhão, e Menção Honrosa no Prêmio Poli Cidadã. Desenvolvido desde fevereiro de 2017, o trabalho está prestes a ser concluído. Pela primeira vez na Febrace, o estudante se surpreendeu com a premiação

“Eu realmente não esperava os prêmios, porque os outros projetos eram muito bons. Isso serviu para me dar ânimo em seguir na pesquisa. O mais legal foi conversar com outros jovens pesquisadores, a troca de experiências e de conhecimento me deram mais ideias e amizades novas”, destacou o estudante.

Baseando-se na necessidade e no alto custo para monitorar a qualidade da água, Samuel criou uma sonda utilizando sensores, arduíno - plataforma de prototipagem eletrônica de hardware livre e de placa única - e um módulo bluetooth, além de caixas de plástico para proteger a parte eletrônica.

“A sonda traz resultados próximos de equipamentos comerciais. Mede pH, temperatura, turbidez, salinidade e condutividade. O arduíno pega os dados dos sensores e manda para um aplicativo por meio de um módulo bluetooth, que mostra os dados para o usuário, salva a localização, data e hora, e exporta para um banco de dados na nuvem”, explicou o estudante.

Outros seis projetos desenvolvidos no IFMS foram premiados na Febrace. Confira na tabela abaixo a premiação completa.

Mato Grosso do Sul - Com uma equipe formada por 21 estudantes e 11 servidores, o IFMS integrou a delegação de Mato Grosso do Sul, que participou com mais oito trabalhos de escolas públicas e privadas que receberam, ao todo, 10 prêmios.

“Este foi o primeiro ano da parceria formalizada via termo de cooperação técnica para que a delegação de Mato Grosso do Sul fosse para a Febrace, o que envolveu IFMS, UFMS e outras entidades. Isso foi muito positivo para a integração entre as instituições de ensino superior do Estado”, apontou Naka.

O organizador da deleção estadual, o professor da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e coordenador da Feira de Tecnologias, Engenharias e Ciências de Mato Grosso do Sul (Fetec/MS), Ivo Leite, destaca a evolução sul-mato-grossense no evento desde a primeira participação, em 2012.

Naquele ano, foram apresentados nove projetos de Mato Grosso do Sul – num total de 22 da Região Centro-Oeste – , recebendo quatro premiações. Este número aumentou para 21 projetos em 2018 – de 30 do Centro-Oeste –, com a conquista de 22 premiações.

“O mérito do sucesso das premiações está na possibilidade de agregar a experiência ao ensino, pesquisa e extensão. A UFMS e o IFMS vêm permitindo ampliar a presença e participação na Febrace de escolas municipais, estaduais, federais e particulares de Mato Grosso do Sul”, destacou Ivo Leite.

Professor Destaque - Dois projetos de Mato Grosso do Sul premiados no evento são orientados pelo egresso do curso de Licenciatura em Química do Campus Coxim do IFMS, Lucas Gandra, que atualmente é professor em escolas do município.

Os trabalhos receberam cinco prêmios no total: o 4º Lugar em Ciências Humanas e também da Saúde, além de credenciamento para eventos.

“Aplicação da pasteurização como método de conservação do caldo de cana e inativação do agente etiológico Trypanosoma cruzi causador da doença de Chagas – Fase II”, foi desenvolvida por estudantes da Escola Estadual Viriato Bandeira em parceria com o IFMS, sob a coorientação da professora da área de Alimentos, Angela Kwiatkowski. Parte da pesquisa foi realizada na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro.

O "Special science: game didático de ciências naturais para a educação especial – desenvolvimento e aplicação" foi criado por estudantes do Colégio Julieta Mota Dos Santos, em parceria com a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae).

Lucas conta que a experiência com projetos de pesquisa começou no IFMS, em 2012, quando participou pela primeira vez do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic).

“Até o ano passado, eu já tinha orientado mais de 80 projetos de iniciação científica de ensino fundamental e médio, neste ano estou orientando mais 65. Acredito que a pesquisa é um princípio educativo muito rico, quando passei a trabalhá-la como ferramenta pedagógica consegui proporcionalizar aprendizados mais complexos aos estudantes”, apontou o professor.

Gandra também foi um dos dez finalistas do Prêmio Professor Destaque da Febrace, pelo segundo ano consecutivo.

“A USP seleciona os professores com experiências de vida inovadoras dentro do campo de orientação de projetos. É muito interessante ter sido indicado duas vezes porque tenho apenas 23 anos e pouca experiência, isso mostra que estou no caminho certo ao envolver docência, pesquisa e orientação de projetos”, finalizou.

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