R7/PCS
ImprimirCarlo Ancelotti teve acesso ao relatório médico do Santos.
E nele não constava problema algum de Neymar.
Só que o treinador italiano teve autonomia.
Não se portou como os últimos treinadores da Seleção, nos últimos 15 anos, desde que o jogador surgiu no cenário brasileiro.
O técnico percebeu que, aos 33 anos, ainda se recuperando de uma série de lesões musculares, reflexos ainda de sua cirurgia de ligamentos cruzados no joelho esquerdo, optou por não convocá-lo.
Fora o fato que poucos enxergam, Neymar não está jogando bem. Não está produzindo para seu fraco time. E nem mostrando vigor físico, mobilidade, velocidade, força para arranques, dribles.
O treinador não teve de explorar, implorar ao presidente Samir Xaud.
Ele fez uso da sua autonomia.
E não o chamou.
Tem liberdade até para que, se quiser, não levar Neymar para Copa do Mundo, situação que parecia impossível.
Com Ancelotti, não.
A atitude de Neymar, após a partida contra o Fluminense, de dizer que está bem fisicamente e a escolha foi técnica, não abalou Ancelotti e nem a cúpula da CBF.
Porque Neymar tem razão.
O técnico levou em consideração o seu baixo rendimento.
Ele está acostumado a deixar estrelas no banco ou até dispensá-las. Como fez no PSG, no Bayern, no Real Madrid, por exemplo.
Não vai entrar em polêmica publicamente.
Muito menos se desculpar.
Mas ele recebeu o recado de Neymar.
Percebeu que o jogador o expôs para a torcida e para a imprensa brasileira.
Ao contrário do que ele fez.
Quando não o chamou, foi polido. Não quis falar abertamente que o camisa 10 do Santos, pelo que está mostrando em campo, não merece ser chamado.
“Neymar não está, ele teve um pequeno problema na última semana. Mas Neymar não precisamos testá-lo, todo mundo conhece Neymar, a comissão, a Seleção, os torcedores do Brasil conhecem Neymar.
“Como todos os outros, Neymar tem que estar numa boa condição física para ajudar a seleção nacional a fazer as coisas bem na Copa do Mundo. Esses dois jogos são os últimos da qualificação, então precisamos terminar bem essa fase de qualificação.”
Falou nas entrelinhas que ele ‘tem que estar numa boa condição física para ajudar a Seleção’. E ele não está conseguindo nem ajudar o Santos.
Ancelotti não cairá na armadilha.
Não discutirá publicamente com Neymar.
Seguirá apenas agindo com sua consciência.
Se o jogador não estiver jogando bem, a ponto de ser não ser útil para a Seleção, não será chamado.
Ao contrário do que acontecia com Felipão, Tite, Fernando Diniz, Dorival Júnior.
Acabou a Neymardependência da Seleção.
Alguém precisa avisar o camisa 10 do Santos...