Quinta-Feira, 18 de Abril de 2024
Esportes
01/01/2018 11:28:00
Após pior resultado do século, brasileiros repensam planos por pódio na São Silvestre 2018

Globo Esporte/LD

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O etíope Dawitt Admasu e a queniana Flomena Cheyech lideraram o pelotão africano a mais uma dobradinha na São Silvestre, no último dia do ano. A hegemonia do continente na prova de rua mais tradicional do Brasil só cresce, enquanto os donos da casa olham os rivais de longe. Fora do pódio (top 5 nas corridas de rua), o país amargou seu pior resultado neste século. Joziane Cardoso foi a melhor brasileira, apenas na 10ª posição. Um cenário que coloca os corredores anfitriões em alerta.

  • Precisamos repensar o que erramos para 2018 e colocar algum brasileiro no meio deles (os africanos). Eles têm um número bem maior na elite mundial, mas temos alguns talentos também - disse Ederson Vilela, melhor brasileiro, na 12ª posição.

Desde o ano 2000 o Brasil só havia ficado fora do pódio em 2011. Mesmo naquele ano o resultado foi melhor do que o deste domingo. Cruz Nonata bateu na trave com a sexta colocação. No período, o Brasil tem sete títulos entre homens e mulheres, contra 28 dos africanos e um da Sérvia.

Na análise dos corredores brasileiros, dois pontos colocam os africanos em vantagem. O primeiro é o local de treinamento: os africanos, especialmente os quenianos, treinam em altitude, o que dá maior resistência. O segundo é a periodização de provas: os brasileiros competem mais para juntar dinheiro.

  • Quenianas treinam só para a São Silvestre. Chegamos com uma carga bem grande de competições. Não é justificativa, mas elas estão à frente da gente. Se priorizar mais, fazer trabalho de altitude, vamos conseguir correr com elas e quebrar a hegemonia. Não é impossível - disse Joziane.

  • Nesse final de ano chegamos desgastados. Precisamos correr outras provas para fazer um pé de meia, mas não podemos sempre dar essa desculpa. Precisamos brigar com eles - completou Ederson.

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