Há um misto de sentimentos na Arena. A convocação de Everton por Tite nesta sexta-feira confirma a força do grupo do Grêmio e contagia o vestiário. Por outro lado, causa um problema: a presença nos amistosos contra Arábia Saudita e Argentina o desfalcará do confronto com o Palmeiras, pela 29ª rodada do Brasileirão.

As partidas ocorrerão nos dias 12 e 16 de outubro, em Jiad e Jidá, no país árabe. Como o Brasileirão não para durante as datas-Fifa, o Tricolor medirá forças com a equipe de Felipão no dia 14, na Arena Palmeiras.

O atacante ganhou nova oportunidade em razão da temporada que realiza. É o artilheiro tricolor, com 16 gols em 37 partidas, o que dá uma média de 0,43 por jogo. O último na vitória por 2 a 0 sobre o Tucumán na noite da última terça.

O desempenho o colocou como um dos pilares do grupo de Renato Gaúcho, ao lado de Luan. Até por isso, a dicotomia do que representada a convocação acabou citada por Marcelo Grohe no fim da manhã desta sexta-feira.

• Há dois lados. Todos têm a satisfação de vestir a camisa da Seleção. O Everton é merecedor da convocação. Ele tem desequilibrado, mas será uma perda grande. Se está convocado, é porque realiza um grande trabalho e fará falta, mas há outros jogadores que podem cumprir. Não cabe julgar - disse Grohe.

Antes de ter o nome na lista de Tite, Everton manteve sua rotina normalmente. Trabalhou com os companheiros, brincou, ouviu elogios e até cobranças na atividade promovida no Centro de Treinamentos Presidente Luiz Carvalho.

O garoto de 22 anos já esteve nos embates com Estados Unidos e El Salvador (vitórias por 2 a 0 e 5 a 0, respectivamente), em Nove Jersey e Wasghington no início de setembro. Diante dos ianques, substituiu Neymar, enquanto contra os salvadorenhos entrou na vaga de Philippe Coutinho.

Enquanto não se apresenta a Tite, Everton busca manter a boa fase no Grêmio. Neste domingo, às 11h, a equipe enfrenta o Ceará na Arena, em partida válida pela 26ª rodada do Brasileirão.