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Esportes
07/06/2019 15:37:00
Cristiane fala em nome da sua geração: "Vai ser nossa última busca pelo sonho"

Globo Esporte/LD

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Cristiane abriu o jogo na coletiva de imprensa desta sexta-feira. Logo depois do treino da Seleção realizado em Grenoble, o penúltimo antes da estreia na Copa do Mundo, a atacante de 34 anos e cinco Mundiais no currículo falou em nome de sua geração e afirmou que essa será "a última busca pelo sonho", referindo-se ao título que o futebol brasileiro feminino ainda não tem.

A jogadora acredita que essa será sua última participação em uma Copa do Mundo, como também provavelmente será de outras da sua geração, como Marta e Formiga.

  • Sempre tem uma pressão quando disputamos a Copa, de ter que trazer o título, ter que ganhar. Isso sempre existiu. Mas, para mim, é muito bacana disputar. Vai ser a última Copa para mim, não sei para a Marta. Mas temos que tentar contribuir enquanto estamos aqui. Vai ser a nossa última busca pelo sonho. Meu, da Formiga, dessa geração que está terminando - disse ela.

Cristiane abriu o sorriso ao comentar o treino desta sexta, o primeiro aberto ao público desde que seleção brasileira chegou em Grenoble. As jogadoras do técnico Vadão foram surpreendidas com uma banda formada por crianças locais, que receberam a equipe com música e muita festa.

  • É bom eles virem acompanhar, as crianças também. É bacana eles conhecerem as outras atletas, porque sempre se fala nos mesmos nomes. Isso deixa o ambiente bem tranquilo e nos dá sossego para estrear bem - acredita ela.

  • Na verdade, nós já descemos no samba. Depois escutamos o batuque e ficamos só curtindo um pouquinho (risos). É importante ter esse calor da torcida, a gente já não tem a família próximo. Então fica um clima um pouco mais parecido com o do Brasil - completou.

Veja outros pontos da entrevista de Cristiane

Sobre o ambiente em Grenoble

  • Tem sido bem tranquilo, cidade bem calma, a gente ficou feliz pessoal veio companhar o treino hoje. Um pouco ansiosas, mas normal estreia. Nada que vá atrapalhar.

Sobre a expectativa da Seleção

"Sem dúvida, acho que qualquer seleção da Copa o foco final é ser campeão do mundo, mas é um passinho de cada vez, a gente sabe que não vai ser fácil. Todas as seleções, até as menos expressivas, podem acabar dando trabalho".

Sobre o ponto forte da Seleção

  • Acho que nós temos uma equipe que está há um tempo junta já, as meninas novas com as mais experientes. Acho que temos que usar essas meninas, elas têm que aparecer. E é importante pra dar continuidade para o trabalho. Tem a Marta, que está voltando de contusão. Tem a Formiga, que tem uma experiência danada. Temos uma equipe forte para bater de frente com as outras seleções.

Sobre a estreia contra a Jamaica

  • Eu acho que vai ser complicado. Como eu já falei, é uma estreia de Copa do Mundo, as seleções simplesmente se transformam. As seleções que você acha que vão passar por cima podem ter um início inesperado. Acho que vai ser bacana, para a Jamaica é importante pelo desenvolvimento para o país. Porque, independente de adversários, a gente torce para que a modalidade cresça. E nós temos a oportunidade de dar a volta por cima, já que não tivemos bons resultados recentes.

Sobre relação com as novatas

  • Acho que é uma mescla, vai de comissão para comissão. Uma comissão pode simplesmente renovar com todo mundo e a outra mantém uma ou outra. A gente tem experiência misturada com as meninas. Acho que vai ser bacana, traz confiança para as meninas. A gente confia nelas. Sei que sempre tem um nervosismo na estreia, eu já passei por isso.

Sobre conselhos para as novatas

  • A gente tem tentado passar para as mais novas que não é uma obrigação. Você não pode impôr nada porque acaba passando nervosismo, é a primeira Copa de muitas. Mas agora é a hora delas de aparecer. O meu momento foi assim, da Formiga, da Marta. Quando deram essa oportunidade para nós de disputar uma competição desse nível, como a Copa, foi a hora que a gente apareceu.
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