A diretoria do São Paulo abriu mão da prioridade do retorno de Cueva ao Brasil e deixou o caminho livre para que o meio-campista peruano fechasse com o Santos. Os dirigentes do Tricolor alegam que não receberam todas as informações sobre a negociação com o rival, mas já descartaram comprar os direitos do jogador novamente.

A começar pelos valores do negócio, cerca de US$ 7 milhões (R$ 26 milhões), por um atleta de 27 anos. O Tricolor, aliás, ainda ficará com 10% desse montante pago pelo Santos (R$ 2,6 milhões).

Outros fatores também pesaram. O São Paulo considera que está bem servido na posição. O técnico André Jardine tem à disposição os armadores Nenê e Hernanes, prováveis titulares contra o Talleres, nesta quarta-feira, às 21h30 (de Brasília), na Argentina, pela Libertadores.

Além disso, Cueva tem um histórico disciplinar bastante ruim no São Paulo, onde chegou a ser afastado por seguidas polêmicas e perdeu boa parte da idolatria que tinha com a torcida.

Depois de inúmeros problemas, o São Paulo conseguiu negociá-lo com o Krasnodar, da Rússia, em julho do ano passado por 8 milhões de euros (cerca de R$ 36 milhões).

No contrato com os russos, o São Paulo colocou a cláusula de que teria de ser notificado caso Cueva recebesse uma oferta de outro clube brasileiro. O Tricolor ficaria com o jogador se igualasse a proposta, o que não acontecerá.

Cueva foi contratado do Toluca, do México, em 2016 e caiu nas graças da torcida do São Paulo rapidamente. Mas os atos de indisciplina e a oscilação em campo atrapalharam a passagem do meio-campista. Em 87 jogos, ele marcou 20 gols.