A Corte Arbitral do Esporte (CAS) anunciou nesta segunda-feira o banimento vitalício do esporte para o Dr. Sergei Portugalov, médico que orientava os atletas vinculados à Federação Russa de Atletismo (Rusaf) e considerado um dos pilares do esquema fraudulento para violação de exames antidoping. A punição entrou em vigor no dia 10 de março.

Pelos procedimentos normais, o médico deveria ter sido julgado em primeira instância pela própria Rusaf, mas como a federação encontra-se suspensa pela Federação Internacional de Atletismo (IAAF), o CAS assumiu o caso diretamente.

Segundo a Corte, Portugalov violou artigos referentes à “posse de substância ou método proibido”, “traficar ou tentar traficar qualquer substância ou método proibido” e “administração ou tentativa de substância ou método proibido”.

Em fevereiro deste ano, a IAAF decidiu manter a suspensão internacional à Rússia por considerar que, apesar dos progressos, a entidade ainda não está pronta para ser reintegrada. Como a punição só deve ser revista em novembro, depois do Mundial de Atletismo de Londres, em agosto, os atletas russos podem pleitear vagas como atletas neutros.

Para isso, eles precisam atender a uma série de critérios da IAAF e comprovar que foram submetidos a um programa antidoping confiável. Durante a Olimpíada do Rio de Janeiro, apenas a saltadora Darya Klishina recebeu essa autorização por treinar há muitos anos nos Estados Unidos e se submeter aos testes antidoping americanos.