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Esportes
24/10/2017 13:21:00
Medina e John John vencem na quarta fase e vão direto às quartas em Portugal

Globo Esporte/LD

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O sonho do bicampeonato mundial continua para Gabriel Medina e John John Florence. O primeiro brasileiro campeão do mundo passou por outro teste de fogo na quarta fase contra o australiano Mick Fanning e Miguel Pupo, o outro remanescente do Brazilian Storm em Peniche, Portugal. Mesclou o surfe progressivo ao clássico, decolou em aéreos e emendou fortes manobras para alcançar uma vitória de vida ou morte e se classificar para as quartas de final, renovando as esperanças de garantir a liderança do ranking na 10ª de 11 etapas do Circuito Mundial de 2017. Medina precisa obrigatoriamente de vencer a etapa portuguesa e torce por um tropeço do havaiano. Florence, no entanto, derrotou Kolohe Andino, de virada, com uma onda salvadora no último minuto e também avançou às quartas. O SporTV.com transmite tudo ao vivo.

Medina combina aéreos, floaters e manobras verticais

Miguel Pupo se manteve ocupado e usou jogo aéreo em busca de pontos no início da bateria, o porém, pecou nas aterrissagens. Quem assumiu o controle foi Mick Fanning. O australiano não arriscou tanto, mas teve um desempenho sólido em duas ondas (6.67 e 5.60) e ficou em primeiro lugar, com 12.67 pontos. Pupo investiu em uma onda na prioridade de Mick e foi punido com a interferência, perdendo a sua segunda nota. Aos poucos, Medina foi sedimentando o caminho para a vitória. O primeiro brasileiro campeão mundial apostou no surfe progressivo e foi melhorando os aéreos a cada onda, combinando ainda manobras fortes de borda até a crista da onda.

Com um 6.80 e um 7.67, por um aéreo com aterrisagem impecável em meio à avalanche de espuma, Medina chegou a 14.47 pontos contra 12.47 de Fanning e 5.27 de Pupo. A cinco minutos para o fim, a preferência de escolha era de Medina, mas Fanning jamais pode ser subestimado. O tricampeão mundial precisava de ao menos um 7.80 para recuperar a ponta e qualquer erro do surfista de Maresias poderia atrapalhar os seus planos. Medina não deixou o rival respirtar e não deixou para Mick qualquer oportunidade de reverter o placar. Foi apenas uma questão de tempo para o campeão mundial de 2014 selar a vitória e a classificação antecipada.

John John se salva com onda no último minuto

Kolohe Andino pôs na mesa um poderoso arsenal de manobras para assumir a liderança logo no início, colocando a pressão sobre John John. O americano variou as manobras de borda e também investiu em aéreos, garantindo 7.17 e 7.50, com uma série de movimentos, fechando com um aéreo air reverse para se isolar na ponta, com 14.67. O havaiano reagiu e encaixou três manobras sólidas, surfando até a areia para ganhar 6.80. Pouco depois, o surfista do North Shore de Oahu garantiu um 8.33 com duas grandes manobras para ficar em primeiro, superando Andino por 15.13 a 14.67. Connor O'Leary espertou e chegou a 13.50, mas continuou segurando a lanterna.

Kolohe não esmoreceu e continuou apostando em um surfe progressivo. O americano acertou um belo aéreo alley oop e ergueu os braços para comemorar. Os juízes o recompensaram com nota 8.07, o suficiente para desbancar John John: 15.57 a 15.13. No último minuto, no entanto, John John se entocou com profundidade em um tubo e emendou a sessão bônus com rasgadas e batidas em busca de ao menos um 7.24 para assumir a liderança. Os juízes consideraram que ele fez mais do que do que exigido e lhe deram nota 8.67 pela onda salvadora. O havaiano chegou a 17.00 pontos contra 15.57 de Kolohe e 13.50 de Connor, dando um importante passo rumo ao bicampeonato.

John John, Medina, Jordy Smith e Julian Wilson são os concorrentes ao título, embora o panorama seja favorável ao havaiano. O cenário deste ano é semelhante ao da temporada passada, quando Florence conquistou o seu primeiro título mundial ao vencer a etapa Portugal. O líder do ranking poderá repetir o feito se levar o troféu outra vez em Supertubos. John John também pode ser campeão com um segundo lugar. Neste caso, Medina não poderia vencer o evento. Se o havaiano ficar em terceiro, a decisão irá automaticamente para o Pipeline Masters, em dezembro.

Julian Wilson segue na briga

Após algumas chamadas à espera da reação do mar, o swell finalmente atingiu a costa portuguesa, oferecendo muitas oportunidades aos tops da elite, em especial, na primeira bateria da quarta fase. Juilian Wilson venceu com 12 ondas, ganhando 5.50 e 6.17 pelas duas melhores ondas da bateria. Com o resultado, ele continua na briga pelo título desta temporada.

O australiano alcançou o somatório de 11.67 pontos na vitória sobre o havaiano Sebastian Zietz (8.10) e o italiano Leonardo Fioravanti (7.77). Com uma legião de fãs em Portugal, o europeu pegou 10 ondas, mas não encontrou potencial que poderiam se converter em pontos e foi à repescagem.

Além de afunilar a batalha pelo caneco, a etapa portuguesa é importante para os que buscam fugir do rebaixamento. Ao fim de 11 eventos, os dois piores resultados de cada surfista são descartados e só o G-22 se mantém na elite em 2018. Os que não alcançarem a classificação através do ranking de acesso (QS) tem ainda uma última chance na Tríplice Coroa Havaiana, composta por três etapas, em Haleiwa e Sunset Beach, pelo QS, e o Pipeline Masters, a derradeira de 11 etapas do CT.

Baterias da quarta fase:

1: Leonardo Fioravanti (ITA) 7.77 x Sebastian Zietz (HAV) 8.10 x Julian Wilson (AUS) 11.67 2: Kolohe Andino (EUA) 15.57 x Connor O'Leary (AUS) 13.50 x John John Florence (HAV) 17.00 3: Josh Kerr (AUS) 15.44 x Frederico Morais (POR) 13.60 x Kanoa Igarashi (EUA) 16.83 4: Miguel Pupo (BRA) 5.27 x Mick Fanning (AUS) 12.47 x Gabriel Medina (BRA) 14.47

Quinta fase (repescagem)

1: Sebastian Zietz (HAV) x Connor O'Leary (AUS) 2: Kolohe Andino (EUA) x Leonardo Fioravanti (ITA) 3: Josh Kerr (AUS) x Miguel Pupo (BRA) 4: Mick Fanning (AUS) x Frederico Morais (POR)

G-22 do Circuito Mundial até Portugal:

1: John John Florence (HAV) – 49.900 pontos 2: Jordy Smith (AFR) – 47.600 3: Gabriel Medina (BRA) – 40.750 4: Owen Wright (AUS) – 39.850 5: Matt Wilkinson (AUS) – 38.200 6: Julian Wilson (AUS) – 37.700 7: Adriano de Souza (BRA) – 36.600 8: Filipe Toledo (BRA) – 34.950 9: Joel Parkinson (AUS) – 31.850 10: Kolohe Andino (EUA) – 30.000 11: Sebastian Zietz (HAV) – 29.750 12: Mick Fanning (AUS) – 28.300 13: Frederico Morais (PRT) – 26.400 14: Adrian Buchan (AUS) – 25.250 15: Connor O´Leary (AUS) – 25.200 16: Joan Duru (FRA) – 23.400 17: Michel Bourez (TAH) – 22.450 18: Jeremy Flores (FRA) – 21.450 19: Caio Ibelli (BRA) – 20.500 20: Bede Durbidge (AUS) – 20.200 21: Conner Coffin (EUA) – 19.750 22: Wiggolly Dantas (BRA) – 18.700

Outros brasileiros:

23: Italo Ferreira (BRA) – 16.450 pontos 25: Ian Gouveia (BRA) – 14.250 27: Miguel Pupo (BRA) – 14.200 30: Jadson André (BRA) – 11.750 35: Yago Dora (BRA) – 7.000 38: Jessé Mendes (BRA) – 2.250 43: Bino Lopes (BRA) – 1.000 44: Samuel Pupo (BRA) – 500

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