Combate/LD
ImprimirNo último sábado, Polyana Viana fez sua estreia no Ultimate, no que foi apenas a terceira luta do card preliminar do UFC Belém. Apesar de feliz da vida que realizou o sonho de chegar à maior organização de MMA no planeta, a lutadora paraense não imaginava que poderia chamar a atenção do presidente da companhia, Dana White, que nem sequer veio ao Brasil para o evento. No entanto, sua performance dominante contra a americana Maia Stevenson impressionou o patrão, que a elogiou nas redes sociais - a única outra manifestação do dirigente a respeito do torneio foi para criticar o árbitro Mário Yamasaki por não ter encerrado a luta de Priscila Pedrita mais cedo.
O elogio foi uma surpresa muito agradável e virou um "troféu" para a "Dama de Ferro".
Ele nem veio, o Bruce (Buffer) também não veio, pensei que ele não ia dar muita importância por ser no Brasil. Mas que bom que ele me elogiou, fiquei muito feliz, e vou printar e mostrar para um monte de gente ver (risos). Significa que ele está me vendo, né. Agora talvez ele me acompanhe mais um pouco, e logo, logo vou tomar aquele cinturão daquela americana, polonesa, não sei o que ela é - disse Polyana aos jornalistas após a luta.
Gravem meu rostinho e minha bochechinha gorda que vocês vão me ver logo logo (risos).
Nada mal para uma lutadora de apenas 25 anos e 11 lutas profissionais na carreira. Polyana inclusive admitiu que sentiu um pouco de "borboletas no estômago" ao entrar no octógono e ouvir o apoio maciço na Arena Guilherme Paraense - nada, contudo, que interferisse na performance.
- Quero agradecer a torcida. Quando eu ouvi aquele pessoal todo gritando meu nome, fiquei meio nervosa, sentindo que tinha que fazer alguma coisa para retribuir aquilo, e eu fiz. Não me atrapalha. Já estou meio acostumada com essa ansiedade, já lutei outros eventos aqui no Pará. A emoção do começo é sempre a mesma, o que me surpreendeu foi a torcida antes e depois da luta, mas a emoção da luta é sempre a mesma, não importa o evento - contou.
Mãe solteira de um menino de 7 anos, Polyana se mudou recentemente para o Rio de Janeiro para se focar nos treinamentos de MMA. A longa distância de São Geraldo do Araguaia-PA é dolorida, o que faz a lutadora paraense ter pressa para chegar no topo. Ela torce para que a atenção do presidente do UFC signifique uma escalada mais rápida.
- Se eu puder, vou treinar até os domingos para isso. Não quero passar anos e anos para chegar lá, eu quero logo. Acho que até o ano que vem (quero ser campeã), pois tá aparecendo muita menina (boa na categoria) - concluiu a peso-palha.