Quarta-Feira, 8 de Maio de 2024
Esportes
24/04/2017 15:27:00
Substituído por engano em decisão, meia do Caxias desabafa: "Chorei de tristeza"

Globo Esporte/LD

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Eram 17 minutos do segundo tempo no Estádio Centenário quando Wagner, o camisa 10 do Caxias, se recuperou de atendimento médico e pediu para voltar ao jogo contra o Inter, ao lado do campo. Mas para sua total surpresa, Marlon já estava em campo em seu lugar. Principal jogador do time grená, ergueu os braços inconformado, incrédulo com a situação surreal: foi substituído por Luiz Carlos Winck por engano e assistiu, do banco de reservas, a eliminação da equipe diante do Inter, em disputa por pênaltis.

O próprio treinador não acreditou no erro e chutou um copo no gramado, irritado – alguém havia o avisado que Wagner não tinha mais condições de jogo. Ao se aproximar do técnico, Wagner trocou poucas palavras e sentou no banco de reservas. E chorou, desabou ali mesmo.

– Foi falta de comunicação, não sei quem apontou para o Winck que era pra trocar. Deu uma fisgada no posterior, mas eu tinha condições de voltar ao jogo. Sabe como é. A gente quer ajudar e participar. Infelizmente, eu tinha sido substituído. Não chorei de raiva, mas de tristeza – contou o camisa 10 grená ao GloboEsporte.com.

Wagner ainda teve um instante de alegria. Viu Marlon sofrer pênalti para o Caxias, mas a cobrança acabou desperdiçada por Gilmar. No final, ainda viu seu substituto errar uma das cobranças de penalidades, e o Inter acabou classificado para a decisão. Com a desclassificação, ficou desolado por alguns minutos sozinho, à beira do campo.

Irreverente e provocador, o meia teve desentendimento com D’Alessandro, na terceira rodada do Gauchão. Disse que o gringo o chamou de "bandido" durante uma confusão no meio de campo. E ainda alegou que nunca havia sido derrotado pelo argentino.

Os dois chegaram a discutir logo no início do jogo deste domingo, após uma falta cometida pelo argentino. Mas ficou tudo no campo. Ao final do duelo, a história entre os dois camisas 10 encerrou em paz. D’Alessandro procurou Wagner para um abraço e soltou um “eu gosto de você, joga pra c...”, que também foi respondido com carinho.

– Eu também gosto do D’Alessandro. Muita coisa que aconteceu na competição eu aprendi com ele, que sempre me deu palavras de apoio e incentivo. Só tenho a agradecer – retribuiu.

"Choram as rosas"

O atleta do Caxias também teve um momento de fama nacional. Após a última vitória por 1 a 0 sobre o Juventude, a terceira consecutiva em menos de um mês no clássico Ca-Ju, pediu música para o Fantástico. E, com voz tremida e pouco afinada, cantou "Choram as Rosas", da dupla Bruno e Marrone. Tadeu Schmidt leu o "regulamento", mas não tocou a música, embora tenha soltado no final do programa:

– Peraí, o Wagner acabou cantando a música!

Após a participação no Gauchão, Wagner tem o futuro indefinido. Com contrato até o final do campeonato, deve definir na próxima semana em qual clube atuará no segundo semestre. E a julgar pelo desempenho apresentado no campeonato, não faltarão interessados.

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