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02/12/2024 16:22:00
TJMS condena filhos e genro que mataram idoso para roubar R$ 1 mil

CGN/LD

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A 1ª Câmara Criminal do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) anulou decisão da primeira instância e condenou três jovens que mataram o idoso Alonço Cabreira, 89, no final de outubro de 2022. Dois condenados, Miguelito Ortiz Cabreira, 24, e Michelle Cabreira Ortiz, 27, eram filhos de Alonço. O terceiro, Roger Amarilia Snarde, 21, o “Paloma”, era namorado de Michelle.

O crime ocorreu na Aldeia Bororó, em Dourados. Segundo a denúncia do Ministério Público, os três mataram Alonço a golpes de faca, chutes e pedradas para roubar R$ 1 mil. Todos estavam bêbados e queriam dinheiro para comprar mais cachaça.

Após o assassinato, eles jogaram o corpo de Alonço em uma pedreira abandonada, mesmo local onde a filha dele, de 11 anos, foi estuprada por cinco homens e jogada de uma altura de 30 metros. O corpo da menina foi encontrado dois dias depois, em agosto de 2021.

Outra filha de Alonço, que também bebia com o pai, os irmãos e o cunhado, testemunhou o crime e apontou os três como autores do latrocínio (roubo seguido de morte). Michelle, Roger e Miguelito foram presos em flagrante.

Em 20 de março deste ano, o juiz da 1ª Vara Criminal, Marcelo da Silva Cassavara, absolveu os três alegando falta de provas que os incriminassem com autores do assassinato para roubar dinheiro do idoso.

Roger Amarilia Snarde, também condenado pelo latrocínio (Foto: Arquivo) Na sentença, o magistrado citou que os três réus se acusam mutuamente e que a única testemunha (a outra filha de Alonço), apesar de afirmar ter presenciado o crime e acusado os irmãos e o cunhado, só apresentou essa versão após o corpo do pai ser localizado.

Além disso, citou que a perícia não conseguiu confirmar a causa da morte devido ao estado adiantado de decomposição do corpo. O juiz chegou a dizer na sentença que Alonço poderia ter morrido ao cair na pedreira.

O alvará de soltura dos três foi assinado no mesmo dia da absolvição. Entretanto, o Ministério Público recorreu ao Tribunal de Justiça. Por unanimidade, os desembargadores da 1ª Câmara Criminal seguiram o parecer da relatora Elizabete Anache por condenar o trio.

Michelle Cabreira Ortiz e Miguelito Ortiz Cabreira foram condenados, cada um, a 28 anos, 10 meses e 15 dias de reclusão e 11 dias-multa e Roger Amarilia Isnarde a 24 anos e 9 meses de reclusão, além de 10 dias-multa. A decisão foi publicada nesta segunda-feira (2). Agora caberá ao Juízo de 1ª instância tomar as medidas necessárias para cumprimento das penas.

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