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Esportes
05/10/2018 07:57:00
União entre time e torcida renova esperança do Fluminense na Sul-Americana

Globo Esporte/LD

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Claro que o combo vitória e classificação às quartas de final foi o grande fato da noite de quinta-feira no Maracanã. Melhorar a produção ofensiva no 3-5-2, esquema que caminha para ser adotado de vez por Marcelo Oliveira, mostrou-se mais uma vez necessário. Porém, um ingrediente do 2 a 0 sobre o Deportivo Cuenca renovou a esperança do Fluminense na Sul-Americana: a união entre time e torcida.

Poucas vezes se viu essa relação vencedora, em títulos ou momentos difícieis do passado, na atual temporada. Com 39 mil pagantes, o maior público tricolor do ano no Rio, a desconfiança nutrida pela irregularidade da equipe e as poucas vaias e isolados gritos de burro ao técnico na derrota para o Grêmio, sábado, pelo Brasileirão, ficaram para trás. Por todos os 90 minutos.

  • Hoje foi um clima diferente. Eu estou muito tempo no clube e posso dizer: quando acontece isso, a gente se emociona no vestiário e fica mais forte - comentou o zagueiro Gum, desde 2009 convivendo com os tricolores.

Nem mesmo o veto da Conmebol à festa programada murchou o público. Logo na chegada da delegação ao estádio, com uma espécie de corredor humano para recepcionar o ônibus, ficou evidente que o sentimento era único: apoio irrestrito (só houve reprovação ao presidente Pedro Abad).

  • Quando a torcida vaia o próprio time dá uma força muito grande para o adversário. O time é que faz a torcida ter esse comportamento. Viemos muito mobilizados, fomos recebidos por uma torcida muito entusiasmada, em grande número. Ajuda muito. Precisamos disso para chegar ao fim do ano quem sabe com uma conquista - completou Marcelo.

A segunda vitória sobre o Cuenca, pelo mesmo placar, comprovou que o rival equatoriano está em um nível de competição abaixo. Mesmo assim, o Tricolor encarou com profissionalismo e respeito. Não correu riscos. Finalizou mais (15 a 7) e teve eficiência na troca de passes, 303 certos, ou seja, 91% de acerto. Ficou só pouco tempo com a bola (53%) dada a disparidade técnica na relação com o oponente. A construção das jogadas carece de evolução.

Na próxima fase, o Nacional-URU será o adversário. É o atual segundo colocado no Clausura, mas o líder na soma de pontos com o Apertura. Ou seja, um rival mais qualificado. A Conmebol ainda não oficializou as datas, mas a primeira partida será no Rio. E, como disse Marcelo, faltam seis finais para o título.

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