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Geral
09/11/2023 09:56:00
Bloqueio atmosférico traz calor intenso para o Estado com temperatura de 45ºC

CE/LD

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Neste mês, Mato Grosso do Sul deve registrar novos recordes de calor em seus municípios por conta de uma nova onda de calor que iniciará neste fim de semana, mantendo alto os índices de temperatura no decorrer da próxima semana.

De acordo com os meteorologistas do Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul (Cemtec-MS), uma massa de ar quente cobre a região, podendo provocar uma onda de calor extremo no Estado nos próximos dias.

“Entre os dias 10 e 20, os modelos indicam a atuação de um bloqueio atmosférico [sistema de alta pressão atmosférica] que vai favorecer uma intensa onda de calor, e as temperaturas poderão atingir entre 40°C e 45°C”, informou a Cemtec-MS em nota.

Além do calor intenso, outro fator que preocupa os meteorologistas é o baixo índice de umidade relativa do ar, que deverá ficar entre 10% e 30% nos próximos dias.

“Quando a umidade do ar está em 20%, já é considerado estado de alerta. Ficando aquém de 12%, a situação é de emergência”, destacou o instituto metereológico.

Os maiores índices de temperatura máxima no Estado devem ocorrer já neste sábado, na região pantaneira, que deverá sofrer com um novo aumento das temperaturas.

Os técnicos do Cemtec-MS trabalham com a possibilidade de os termômetros chegarem a 45°C no município de Corumbá, o que seria um novo recorde do ano.

Apesar da chuva isolada que caiu na região central de Mato Grosso do Sul ontem, a previsão é que nos próximos dias não haja probabilidade de chuva nenhuma.

ALERTA

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta ontem para a atuação de uma onda de calor que passará por MS nos próximos dias, principalmente no período da tarde.

O aviso foi destinado principalmente aos municípios dos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, cujas temperaturas máximas devem superar os 42°C.

O alerta de onda de calor é de nível amarelo, o qual, conforme o Inmet, é emitido quando a previsão indica que as temperaturas máximas devem ficar 5ºC acima da média pelo período de dois a três dias consecutivos.

A partir deste sábado, se a situação de calor intenso persistir, o instituto informa que um novo aviso de onda calor será atualizado e poderá se expandir ou até mesmo ter o seu nível de severidade alterado. Ainda de acordo com a previsão do Inmet, o forte calor deverá continuar pelo menos até a próxima semana.

CALOR HISTÓRICO

Neste ano, julho, agosto, setembro e outubro foram marcados pelo calor extremo em grande parte do País, um reflexo do fenômeno El Niño, que é caracterizado pelo aquecimento acima da média das águas do Oceano Pacífico Equatorial, que tende a favorecer o aumento da temperatura em várias regiões do planeta.

Os oceanos contribuem em grande medida para esse desempenho. As temperaturas na superfície dos mares vêm registrando recordes todos os meses desde abril. Em outubro, alcançaram a média de 20,79ºC.

Além disso, outros fatores têm contribuído para a ocorrência de eventos cada vez mais extremos, como o aumento da temperatura global da superfície terrestre e dos oceanos. Dessa forma, o cenário indica que este ano será o mais quente desde a década de 1960.

Mês passado foi o outubro mais quente já registrado no planeta, prolongando uma série de cinco recordes mensais consecutivos. O observatório europeu Copernicus anunciou ontem que prevê que este ano de fato seja o ano mais quente da história.

Segundo o instituto científico, outubro deste ano superou em 0,4ºC o recorde do de 2019, com média de 15,38ºC na superfície do planeta. A anomalia é considerada “excepcional” para as temperaturas mundiais. Desde janeiro, a temperatura média do planeta é a mais quente já registrada para os primeiros 10 meses do ano,1,43°C acima da média no período entre 1850 e 1900, de acordo com o Copernicus.

OUTUBRO

Já em Campo Grande a precipitação acumulada ficou bem abaixo dos registros normais para o mês passado.

De acordo com o Inmet, no último mês, choveu apenas 18,6 milímetros na Capital, valor bem abaixo da normal climatológica (de 1981 a 2010), que é de 150,6 mm.

O valor indica o menor acumulado para o mês da série história, com dados disponível desde 1973. Até então, o menor valor era de 19,0 mm em 2014.

Com média de 34,9°C, as temperaturas máximas de Campo Grande também bateram recordes históricos, fechado o mês em elevados 3,6°C acima da climatologia, que é de 31,3 °C.

A maior temperatura do mês foi de 39,4°C registrada no dia 23 de outubro, sendo essa a maior temperatura do ano em Campo Grande até o momento. A média das temperaturas mínimas foi de 23,2°C.

SAIBA

Conforme informações do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a Região Centro-Oeste terá, no decorrer deste mês, previsão de dias quentes com pancadas de chuva no fim da tarde, podendo acumular volumes superiores a 50 milímetros. Nas Regiões Centro-Oeste e Sudeste, há a previsão de que a chuva poderá ultrapassar os 40 mm.

O retorno de chuvas deve ser suficiente para atender as fases iniciais da safra 2023/2024 em MS.

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