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24/04/2018 13:00:00
Desembargadores do TJMG julgam recurso de Azeredo contra condenação no mensalão tucano

G1/LD

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Começou no início da tarde desta terça-feira o julgamento de recurso da defesa do ex-governador e ex-senador de Minas Gerais, Eduardo Azeredo (PSDB), em Belo Horizonte. Desembargadores analisam o recurso sobre condenação em segunda instância do político no processo do mensalão tucano. Ele recorrre em liberdade.

Os cinco desembargadores da 5ª Câmara Criminal analisam um recurso chamado embargos infringentes. Esse recurso foi apresentado pelos advogados de Azeredo depois de o tribunal manter a condenação do tucano em agosto do ano passado. O ex-governador foi condenado em primeira instância em dezembro de 2015.

A sessão desta terça-feira (24) começou pouco depois das 13h30. Os desembargadores começaram votando outras pautas também previstas. O ex-governador não está no tribunal. Estão presentes no plenário um dos filhos de Azeredo, o advogado Gustavo Penido de Azeredo, e o advogado Jean Robert Kobayashi, que defende Marcos Valério, um dos réus no processo. Mais cedo, o defensor disse que falaria sobre seu cliente no julgamento.

O advogado Castellar Guimarães Filho vai fazer a defesa de Azeredo para os desembargadores.

De acordo com a denúncia, o mensalão tucano teria desviado recursos para a campanha eleitoral de Azeredo, que concorria à reeleição ao governo do estado, em 1998. O esquema envolveria a Companhia Mineradora de Minas Gerais (Comig), a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) e o Banco do Estado de Minas Gerais (Bemge) e teria desviado ao menos R$ 3,5 milhões por meio de supostos patrocínios a três eventos esportivos: o Iron Biker, o Supercross e o Enduro da Independência. Todos os réus negam envolvimento nos crimes.

Protesto

Antes do início do julgamento, um pequeno grupo do movimento Vem pra Rua protestou na porta do Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Eles pediam a prisão de todos os "corruptos".

A faixa "O povo mineiro que Aécio em Neves e todos os corruptos também" faz referência à denúncia contra o senador Aécio Neves (PSDB), que se tornou réu por suposta prática de corrupção passiva e obstrução de Justiça pelo Supremo Tribunal Federal (STF), no dia 17 de abril. No mesmo dia, o senador afirmou que provará a 'absoluta legalidade e correção' de seus atos.

Ao usar o trocadilho com o sobrenome do senador, a faixa se refere à Penitenciária José Maria Alkimim, na cidade de Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Os manifestantes também colocaram em cartazes as frases "Azeredo, vergona nacional", "Queremos rigos na punição dos corruptos", "Justiça lenta não é justiça" e "Lugar de corrupto é na cadeia".

Um dos manifestantes estava vestido de presidiário e usava uma máscara com a reprodução do rosto de Azeredo. Muitos motoristas buzinaram em concordância com o protesto.

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