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Geral
21/06/2018 18:49:00
Distribuídoras estão sem gás e afirmam que problema é na Petrobras
Copagás e Ultragás informaram por meio de nota que estão sem o produto

CE/PCS

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Depois da crise no abastecimento de GLP, a falta da matéria-prima utilizada na produção do gás de cozinha volta a preocupar a população. Isso porque das três distribuidoras em atuação no estado , duas (Copagaz, Ultragás) já estão sem o produto.

A informação vem a público, logo depois de uma reunião solicitada no começo do mês (junho), pelo procurador de justiça do Ministério Público Estadual (MP-MS), Haroldo José de Lima, para apurar denúncias de que revendas estariam superfaturando o preço do gás, que atualmente registra valor médio de R$ 78 reais.

De acordo com o presidente do Sindicato do Gás em Mato Grosso do Sul, Vilson Lima, a previsão inicial que era de regularizar o abastecimento até o final do mês sofrerá uma reviravolta com a informação recebida através de nota oficial. "As duas maiores distribuídoras estão sem a matéria-prima para produção e a Supergasbrás informou que o estoque está no fim", detalhou.

Questionado sobre qual seria o motivo para a falta do GLP, Lima respondeu que as distribuídoras alegaram apenas que o problema é na Petrobras, que está sem o produto. "Só sabemos que o problema é nacional e impactou no abastecimento regional", acrescenta.

REALIDADE LOCAL

O presidente do sindicato de gás explicou que a informação das distribuídoras foram divulgadas desde quarta-feira (20) e a situação ainda é incerta.

"Foi avisado que desde ontem não iria ter gás nem pra retirar nem entregar, talvez amanhã pela tarde ou segunda-feira possam voltar a entregar, já não atendem no domingo. No entanto, esse prazo é incerto porque o problema vem lá da petrobras que está sem o produto", complementa.

Para o proprietário de uma revenda localizada na Avenida Manoel da Costa Lima, Mauro Miranda, a situação continua instável desde a greve dos caminhoneiros.

"Algumas companhias dosaram as vendas para não faltar, mas, o gás acabou depois no final da paralisação. No momento, estou aguardando mercadoria que geralmente chega no fim da tarde e acaba em poucas horas. Concluindo estou sem gás e não tenho mais convênio, então fica difícil trabalhar desta forma, sem possibilidade de estoque", desabafa.

Outro empresário, que preferiu não se identificar também revela preocupação com a falta da matéria-prima. “Meu estoque está baixo mas estou recebendo gás. Fiz pedido ontem e a situação está voltando ao normal aos poucos. A diferença é que estou recebendo um volume mais reduzido do que recebia antes”, pontua.

CRISE NACIONAL

No início da semana, o presidente da Associação Brasileira dos Revendedores de GLP (ASMIRG-BR), Alexandre Borjaili, publicou uma nota informando que problemas de desabastecimento já afetavam revendedores dos estados de São Paulo, Bahia e Minas Gerais.

"Informações não oficiais que chegaram até a associação é de que a Petrobras está sem gás devido a uma possível contaminação do gás, numa refinaria do sul do Brasil. Para garantir o abastecimento algumas revendas estão tendo que recorrer a outras empresas que ainda conseguiram manter o estoque, no entanto, o fato refletirá no aumento do preço do botijão", destacou o documento.

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