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31/12/2018 08:34:00
Em 2018, Brasil deu adeus a lendas e medalhistas que mudaram o esporte olímpico do país

G1/LD

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Pioneiros. Revolucionários. Vencedores. O esporte olímpico do Brasil perdeu grandes expoentes em 2018. Nomes que já estão na história de suas modalidades e que deixaram marcas mundo afora. Maria Esther Bueno, Jesús Morlán, Bebeto de Freitas, Alberto Marson e Waldir Boccardo morreram neste ano que passou. O tênis, a canoagem, o vôlei e o basquete ficaram de luto. Mas as marcas que eles deixaram seja atuando sozinhos ou com a seleção seja no comando das equipes nacionais não se apagam com este adeus.

BAILARINA

A paulista Maria Esther Bueno morreu em 8 de junho de 2018 vítima de um câncer aos 78 anos. Apelidada Bailarina do Tênis em razão da graça com a qual conduzia os jogos com sua raquete, Maria Esther conquistou 19 títulos de Grand Slam, entre simples e duplas, e é considerada a maior tenista brasileira de todos os tempos, tendo alcançado o posto de número 1 do mundo em quatro temporadas (1959, 1960, 1964 e 1966). No total, ganhou 589 títulos ao longo de sua carreira. Ela entrou para o hall da fama em 1978. Ela quebrou paradigmas, brilhou em um esporte em que o Brasil tinha pouca representatividade, ganhou notoriedade no círculo mais restrito do esporte e deixou um legado indelével. Tornou-se uma lenda do esporte brasileiro.

MILAGREIRO

Não foi preciso nascer no Brasil para entrar para a história olímpica do país. O treinador espanhol Jesús Morlán foi responsável direto pela conquista de três medalhas nos Jogos do Rio 2016 e, desde então, lutava contra um câncer. Aos 52 anos, Jesus Morlán morreu em 11 de novembro deste ano, na pequena cidade mineira de Lagoa Santa, onde comandou a seleção brasileira por cinco anos e também levou a até então inexpressiva canoagem velocidade brasileira a duas pratas e um bronze olímpicos, além de dez medalhas em mundiais. Técnico de Isaquias Queiroz e Erlon de Souza, Morlán foi um revolucionário do treinamento da modalidade no país. Antes, já havia conquistado cinco medalhas olímpicas como treinador do canoísta espanhol David Cal. E ele fazia planos para mais, nos Jogos de Tóquio 2020 e Paris 2024. O milagre dele, sempre dizia, era o trabalho. Deixou esposa, filha, amigos e os atletas, mas também um legado imensurável para o esporte brasileiro.

ESTRELA

Um dos nomes mais importantes da história do vôlei se foi em 2018. Técnico da famosa geração de prata, Bebeto de Freitas morreu em 13 de março aos 68 anos. Sob o comando de Bebeto o Brasil conquistou a medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Los Angeles 1984. Antes, ele defendeu a seleção brasileira nas Olimpíadas de Munique 1972 e Montreal 1976. Também fez carreira internacional, conquistando a Liga Mundial e o próprio Campeonato Mundial com a Itália, em 1997 e 1998. A paixão de Bebeto, porém, era o Botafogo. Ele foi presidente do clube da estrela solitária de 2003 a 2008. No futebol, ainda foi dirigente do Atlético-MG. Morreu na Cidade do Galo, centro de treinamento do clube mineiro. Agora, a estrela dele segue brilhando na constelação que se tornou o vôlei brasileiro depois da geração que ele comandou.

ÍCONES

Duas medalhas olímpicas. Dois bronzes. Título mundial. Membros de uma geração que transformou o basquete brasileiro em potência global em meados do século 20. Entre tantos nomes naquelas décadas de conquistas, lá estavam os de Alberto Marson e Waldir Boccardo. Campeão mundial com a seleção em 1959, Waldir Boccardo morreu aos 82 anos, no Rio de Janeiro, no último dia 18 de novembro. Alberto Marsson, medalhista olímpico com seleção de basquete em 1948, morreu aos 93 anos, em 26 de abril de 2018, em São José dos Campos, interior paulista. O primeiro esteve na conquista do primeiro mundial vencido pelo Brasil (a seleção ganharia o bi em 1963). O segundo esteve na primeira das três medalhas olímpicas conquistadas pelo basquete brasileiro (bronze em 1948, 1960 e 1964). O terceiro lugar em Roma 1960, aliás, com Waldir Boccardo na equipe. Ícones de uma geração, que partiram mas antes elevaram o basquete do Brasil ao topo do mundo.

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