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13/11/2019 13:00:00
Equipe de Busca e Resgate com Cães do Corpo de Bombeiros de MS retorna para casa

Luma Danielle Centurion

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Foto: Divulgação 5°SGBM/Ind

Na última sexta-feira (08) a Equipe de Busca e Resgate com Cães do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul desembarcou no Aeroporto Internacional de Campo Grande, retornando de Brumadinho – segunda etapa.

Os Binômios do Mato Grosso do Sul embarcaram dia 25 de outubro para a segunda etapa com a missão de atuar e ajudar as equipes de buscas do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, na tentativa de localizar e resgatar 18 pessoas ainda desaparecidas na tragédia na Barragem da mineradora Vale em Brumadinho, ocorrida no dia 25 de janeiro deste ano.

A missão foi dividida em duas etapas com um intervalo de 15 dias entre elas, sendo que na primeira etapa os binômios do CBMMS, indicaram o local para a localização de duas vítimas, ambas localizadas na área conhecida como remanso 4. O primeiro corpo foi localizado na manhã do dia (29/09) a cerca de 2 metros de profundidade e o segundo no dia (04/10) a aproximadamente 1,5 metros. Na segunda etapa os binômios indicaram locais de busca que levaram à localização de segmentos de corpos de vítimas da tragédia, entre eles um crânio.

Para o Major Fábio, comandante da equipe (binômios) de Mato Grosso do Sul, “Missão Cumprida retornamos com a sensação do dever cumprido, difícil, porém muito gratificante, pois ao recuperar um corpo desaparecido a tanto tempo e devolver para os familiares é algo indescritível, sabemos que de alguma forma contribuímos para amenizar o sofrimento daquelas famílias. Parabenizo os Militares do 5º Subgrupamento de Bombeiros Militar Independente de Coxim que estiveram diretamente envolvidos na missão e os que ficaram na Unidade, desdobraram-se e de alguma forma contribuíram para o sucesso da missão”.

SAIBA MAIS SOBRE AS BUSCAS

AS buscas seguem por 18 pessoas desaparecidas;

O trabalho dos bombeiros chegou ao 283º dia neste domingo.

A procura conta com 100 bombeiros, um drone, dois cães e 147 maquinários em 20 frentes de trabalho.

Mais de 2.400 bombeiros militares mineiros participaram da operação, o que corresponde a 40% do efetivo;

Participaram da ação 365 bombeiros de outros 16 estados, além de Israel;

Efetivo empenhado: 36.000 militares;

Maquinário: nos últimos dias, mais de 150 máquinas atuam na verificação da lama (escavadeira convencional, escavadeira braço longo, escavadeira anfíbio, pá carregadeira, retroescavadeira, caminhões, desencarceradores perfuratriz e peneira vibratória);

Aparato tecnológico: além dos 6 drones (ou vespas), também são utilizados aplicativos diversos para mapeamentos, câmeras termostáticas, magnetômetros, equipamentos de geolocalização, balão de observação, entre outros;

Binômios: 67 (cães e tutores) de Minas Gerais e mais 12 estados;

Área de busca: Os 10,5 milhões de metros cúbicos da barragem B1 atingiram uma extensão de 10 km lineares e 32 km de circunferência;

Cerca de 140 militares atuam, por dia, nos rejeitos. Eles ficam durante uma semana em atuação; tropa é trocada toda quinta-feira;

Corpos foram encontrados em profundidades variadas, de 3 a 9 metros;

Mesmo com o rejeito seco, todos os militares, antes de entrarem para a operação, fazem exames de sangue para verificar as condições de saúde. Quando deixam os trabalhos, após sete dias, repetem os exames para averiguar possível contaminação pelos rejeitos. O monitoramento é repetido no curto, médio e longo prazo. Ainda não foi registrado nenhum caso de contaminação.

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